As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, por fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.
O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), foi irônico ao comentar denúncia do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, que, em depoimento à Justiça Federal na terça-feira, o envolveu no suposto esquema de compra de apoio político ao ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Temer fez a declaração nesta quinta-feira durante campanha do prefeitável Maguito Vilela (PMDB) em Aparecida de Goiânia, a 15 Km de Goiânia.
Segundo Durval, Temer teria sido beneficiado, conforme informação repassada pelo próprio Arruda, de pagamento de parte dos R$ 1 milhão mensais a Tadeu Filippelli, então deputado federal e atual vice-governador, em troca de apoio em 2007 do PMDB nacional.
“Eu dou risada, porque é tão apalhaçado isso daí, né?”, disse, rindo, durante entrevista a jornalistas. “Realmente já distribuí uma nota dizendo do absurdo disso. Aliás, isso se falou há três anos atrás, né?”, ainda completou.
O vice-presidente da República foi questionado também sobre as declarações do publicitário Marcos Valério à revista Veja sobre possível envolvimento do ex-presidente Lula no esquema do mensalão. “Essa é uma matéria que está a cargo do STF. A decisão agora é uma decisão judicial, e não uma decisão política”, avaliou.
Michel Temer participou de uma caminhada em Aparecida de Goiânia junto com Maguito Vilela (PMDB), e também gravou mensagens de apoio para rodar na propaganda de rádio e de TV do candidato. Temer disse que, como presidente nacional licenciado do PMDB, percorre o Brasil para ajudar no trabalho de mobilização dos candidatos do partido e também de aliados. “Convenhamos, eu fui presidente do PMDB por 11 anos. Então, a convocação que nós recebemos dos candidatos é muito agradável. Peemedebista há 30 anos, não posso negar, não é?”, disse.