Gestores de Pacajus são suspeitos de desviar pelo menos R$ 9 milhões. Ex-prefeito da cidade, suspeito de liderar esquema, segue preso na capital.
Nove de 11 suspeitos de envolvimento em esquema de corrupção na cidade de Pacajus (CE) tiveram liberdade provisória decretada nesta terça-feira (24) sob condição de pagamento de fiança que soma R$ 390 mil, segundo o Tribunal de Justiça do Ceará. O ex-prefeito da cidade, José Philomeno (PSDB), suspeito de chefiar o esquema, segue preso na Delegacia de Capturas, em Fortaleza. Philomeno renunciou ao cargo de prefeito na semana passada.
Os integrantes da administração e familiares do prefeito são suspeitos de desviar pelo menos R$ 9 milhões por meio de licitações fraudulentas de obras da prefeitura da cidade. A denúncia foi feita pelo Ministério Público em novembro do ano passado, e os mandados de prisão preventiva foram cumpridos em dezembro.
O advogado dos suspeitos, Júnior Bonfim, nega a participação dos clientes no suposto esquema de corrupção. De acordo com o advogado, a acusação partiu de “rivais políticos”, com interesse em retornar à prefeitura de Pacajus após serem derrotados nas eleições municipais em 2008.
Afastamento dos cargos
Além da prisão, o Tribunal de Justiça determinou o afastamento dos cargos e funções públicas exercidas por Antônio Heber Holanda da Silva (secretário municipal da Fazenda), Valmir de Sousa Falcão (secretário de Transportes), Anercília Maria de Sousa (coordenadora da Comissão Permanente de Licitação), Vitório Andson Sousa Lima (contador), Francisco Carlos Alves Martins (presidente da Câmara Municipal de Pacajus), Jocélio Bezerra Almeida (vereador) e Erica Leandro de Alencar, procuradora-geral do Município, além do ex-prefeito.