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Fornecedores apontam risco em licitação de seringas para vacinação contra Covid-19 em SP

Após cancelar dois pregões, governo paulista fará terceira tentativa na quinta (10)

SÃO PAULO
Empresas interessadas na licitação aberta para compra de 50 milhões de seringas e agulhas destinadas à vacinação contra a Covid-19 em São Paulo se queixam das exigências do pregão marcado para esta quinta (10). Elas apontam dificuldades para atender ao prazo de 30 dias para entrega do material a todos os municípios do estado. Este será o terceiro pregão do governo paulista. Os dois anteriores foram cancelados porque os preços ficaram acima do valor de referência definido pelo estado.

Segundo distribuidores que participaram do último pregão, outro entrave é a escassez dos produtos no mercado e de matéria-prima para fabricar o volume exigido. José Marcos Szuster, presidente da MedLevensohn, diz que só entrará em licitações menores, para não correr o risco de não conseguir entregar o que foi acordado.

Walban Souza, da fabricante BD, que não participou do pregão anterior e ainda estuda o atual, afirma não ser possível entregar 50 milhões de seringas em 30 dias sem desabastecer outros clientes. Ele sugere que os governos optem por entregas fracionadas, que acompanhem o ritmo das campanhas, em vez de buscarem fazer estoque.

A Secretaria da Saúde de São Paulo afirma que não recebeu questionamentos das empresas e diz ter 11 milhões de seringas reservadas para a imunização. O Ministério da Saúde promete publicar nos próximos dias edital para compra de 330 milhões de seringas.

O anúncio de que o governo federal negocia com a Pfizer a compra de vacinas contra a Covid-19 acendeu uma luz de alerta para produtores de gelo seco. Segundo o laboratório, o insumo será necessário para armazenar as ampolas a temperaturas baixas durante o transporte.

Jean Lanaro, presidente da Special Gases, de Guarulhos (SP), diz ter sido procurado por empresas de logística que estão trabalhando com o Ministério da Saúde no enfrentamento da pandemia do coronavírus. “A preocupação é com gargalo na cadeia porque ainda não sabem quanto vão usar”, afirma.

A Icetech, empresa com atuação no Sul e no Sudeste do país, diz que foi procurada por uma empresa de logística de Porto Alegre e por um de seus fornecedores de matéria-prima em São Paulo, que avalia montar uma estrutura emergencial na cidade. Segundo Muriel Klaus, diretor da empresa, haverá dificuldades maiores para atender ao Nordeste.

(Fonte: Folha de São Paulo)

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