Para justificar a “calmaria”, o republicano observa que o Legislativo já fez o principal, que foi combater futuro monopólio no serviço do transporte intermunicipal.
O fim de semana prolongado com o feriado da Proclamação da República parece ter esfriado os ânimos na Assembleia. Os deputados não falaram mais em pedir a “cabeça” da presidente da Ager Márcia Vandoni. Maior defensor da exoneração da gestora, o deputado Emanuel Pinheiro (PR), está com discurso mais ameno. “Já está findando o mandato dela, então vamos dar uma oportunidade para que ela possa começar a trabalhar e mostrar a que veio”, afirma.
O deputado até concordou com o presidente da Assembleia José Riva (PSD) que, durante a Rota da Integração no Araguaia, defendeu a permanência de Márcia Vandoni e criticou a troca de farpas entre Legislativo e Executivo. Na época, ele sugeriu uma conversa entre os parlamentares e a presidente da Ager para aparar as arestas. “Nesse ponto o deputado Riva tem razão”, avalia Emanuel.
Para justificar a “calmaria”, o republicano observa que o Legislativo já fez o principal, que foi combater futuro monopólio no serviço do transporte intermunicipal. “Agora esperamos que ela (Márcia) adeque o processo licitatório às mudanças feitas pela Assembleia”, frisa.
A crise entre os parlamentares e Márcia Vandoni vem desde o ano passado, mas ficou mais evidente na semana passada. Em sessão plenária, os deputados Walter Rabelo (PSD), Dilmar Dal’Bosco (DEM) e Sérgio Ricardo (PR) disseram que iriam buscar mecanismo legal, durante reunião do Colégio de Líderes, para tirá-la do cargo.
Na oportunidade, o deputado Emanuel Pinheiro só não se uniu ao grupo de insatisfeitos porque estava em viagem a Mato Grosso do Sul discutindo a lei boliviana que legaliza carros roubados no Brasil. “É uma coisa de plenário, não sei se vai ter sequência. Vou conversar com os colegas”, pondera Emanuel.
Dias antes, ele havia chamado Márcia Vandoni de incompetente e rechaçado a defesa feita pelo vice-governador Chico Daltro (PSD) em favor da gestora. Na oportunidade, Daltro insinuou que Emanuel teria interesses pessoais ao criticar o comando da Ager e criticou a postura do parlamentar. Emanuel, por sua vez, disse que as afirmações do vice-governador foram precipitada, infelizes e destemperadas. O republicano chegou a dizer que Daltro falhou como vice-governador, como advogado de defesa e como político.
Por: Glaucia Colognesi
(Fonte: RD News)