Famoso por seus bailes de Carnaval nos anos 1980 e 1990, o prédio onde funcionava o teatro Scala, no Leblon, foi a leilão ontem e deve ceder espaço a um megaempreendimento imobiliário.
Famoso por seus bailes de Carnaval nos anos 1980 e 1990, o prédio onde funcionava o teatro Scala, no Leblon (bairro nobre da zona sul do Rio), foi a leilão ontem e deve ceder espaço a um megaempreendimento imobiliário.
Segundo o RioPrevidência –fundo de pensão dos servidores do Rio e dono do imóvel– construtoras, fundos de pensão e gestores de fundos imobiliários demonstraram interesse na oferta. O presidente do RioPrevidência, Gustavo Barbosa, também avalia que o prédio pode atrair um hotel-butique.
O terreno comporta até 14 mil metros quadrados de área construída, o que corresponde a um prédio de 11 andares. E está num dos endereços mais valorizados da cidade, onde um apartamento de dois quartos pode superar facilmente R$ 2 milhões.
O resultado do leilão, porém, só deve ser conhecido amanhã ou na quinta-feira, depois de o RioPrevidência analisar a documentação apresentada pelos participantes. A licitação foi feita em envelopes fechados.
Em 2005, frequentadores na calçada em frente ao teatro Scala, no Leblon; local foi leiloado ontem
Mesmo antes do leilão, Barbosa já previa um ágio considerável sobre o preço mínimo estabelecido, de R$ 44,5 milhões. Após mais de dez anos de disputa na Justiça, o governo retomou o imóvel em setembro do ano passado e o repassou ao RioPrevidência, que ficará com o valor da venda.
De propriedade do Estado, o imóvel foi cedido aos proprietários da casa de shows em troca de um pagamento não honrado. A dívida acumulada supera R$ 17 milhões, o que motivou a ação de reintegração de posse.
Sem sua sede tradicional, o Scala, que promove bailes como o Gala Gay e Vermelho e Preto, se transferiu para um espaço no subsolo de um prédio no centro do Rio, ao lado do Theatro Municipal.
Por: Pedro Soares | DO RIO