Licitação para equipamentos de massagem tem um ano e meio, diz gerente. Secretaria de Saúde diz que problema com fornecedor atrasou edital.
Equipamentos de massagem cardíaca usados pelas 31 ambulâncias e dez veículos de intervenção rápida do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Distrito Federal estão parados desde o ano passado – o último deixou de funcionar há seis meses – por falta de bateria, segundo o gerente da instituição, Rodrigo Caselli. O equipamento é usado no atendimento de pessoas com parada cardíaca.
O Samu atende em média 60 pacientes por mês com o problema. Para suprir a falta dos massageadores, os médicos têm recorrido à reanimação manual de pacientes. “Mas, com isso, você ocupa um profissional que poderia estar prestando outro socorro, verificando outra coisa. Fora que o equipamento faz o procedimento regular, e o médico fica cansado depois de um tempo”, diz Caselli.
Parte dos desfibriladores do órgão também está parada por falta de pilhas de lítio – outra parte funciona com rodízio de peças emprestadas pelos Bombeiros ou retiradas de outros equipamentos. “Nós estamos no limite. Já passamos do limite, na verdade. Vai faltar”, afirma Caselli. Ele disse que apesar dos problemas, ninguém morreu por falta de atendimento.
Os desfibriladores são a única opção para salvar vidas em ocorrências de fibrilação ventricular, que correspondem a cerca de 90% das paradas cardíacas. O problema, segundo o cardiologista e diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), Paulo César de Jesus, ocorre quando não há sincronia na contração das fibras musculares do coração.