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Execução das obras do vapor Benjamim Guimarães devem consumir até 8 meses

Na quarta-feira (30), dia do seu aniversário, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) anunciou a conclusão do processo licitatório para contratação de empresa especializada para a execução de serviços de recuperação do Vapor Benjamim Guimarães, conforme anunciado aqui, no Magazine. Nesta sexta-feira, o órgão confirmou o feito.

A icônica embarcação, com sistema de propulsão a vapor que utiliza lenha como combustível, está localizada em Pirapora, Norte de Minas. A empresa vencedora da licitação foi a INC Indústria Naval Catarinense, e o valor total que será investido na recuperação é de R$ 3,7 milhões, dos quais R$ 74 mil devem ser aportados pelo Iepha-MG a título de contrapartida. O convênio foi assinado em 2019 e tem vigência até junho de 2022.

“A ação de reforma e restauração do Vapor Benjamim Guimarães é um marco para o turismo e a cultura não só da região, mas de Minas e do Brasil. A história desta embarcação é relacionada diretamente com o processo de implantação da navegação comercial no Rio São Francisco entre a segunda metade do século 19 e meados do século 20, participando como referência fundamental na paisagem do rio e na memória cultural coletiva local, regional e nacional”, destacou o secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira.

A presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo, agradeceu ao Iphan, pelo repasse do recurso para viabilizar a restauração. “Começamos agora essa nova etapa, que é efetivamente a obra de restauração”. Vale dizer que os serrviços incluem a recuperação e substituição da estrutura do casco, das estruturas em madeira, incluindo pisos, divisórias, esquadrias e escadas. Além disso, serão feitas novas instalações elétricas, hidrossanitárias e de prevenção e combate a incêndio e pânico. O sistema de governo, telégrafo e das máquinas alternativas de propulsão também serão recuperados.

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A execução da obra está prevista para ocorrer no prazo de seis a oito meses, conforme cronograma do convênio e do projeto executivo contratado pelo Iepha-MG, contados a partir da conclusão do processo licitatório e assinatura do contrato. A ação de reforma e restauração da embarcação incluída no âmbito do Projeto Estratégico Minas Cultural, do Governo de Minas Gerais, teve seus recursos viabilizados a partir de convênio firmado com a União, por intermédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan.

O tombamento estadual do Vapor Benjamim Guimarães foi aprovado em 1985 com inscrição no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. A embarcação foi construída em 1913, pelo estaleiro norte-americano James Rees e Sons e navegou alguns anos no rio Amazonas sendo transferida para o São Francisco a partir de 1920. Transportou turistas pelo rio, sendo o único em funcionamento. Com capacidade para transportar até 140 pessoas, entre tripulantes e passageiros, ao vapor é permitido navegar em rio, lago e correnteza que não tenham ondas ou ventos fortes.

Como características construtivas, o bem cultural é uma embarcação fluvial de popa quadrada, com máquina à vapor de 60 cavalos de potência alimentada por lenha, e com uma capacidade máxima de estocagem de 28 toneladas de combustível. O sistema de propulsão é o de roda de pás localizado na popa, capaz de atingir até 6,5 nós de velocidade máxima.

O peso descarregado é de 243,42 toneladas, podendo ainda ser acrescido de mais de 66 toneladas, possui 43,85 metros de comprimento total e 7,96 metros de largura.

O Vapor Benjamim Guimarães é um dos últimos no mundo e tem sua história relacionada diretamente com o processo de implantação da navegação comercial no rio São Francisco entre a segunda metade do século 19 e meados do século 20, participando como referência fundamental na paisagem do rio e na memória cultural coletiva local, regional e nacional. Por recomendação da Capitania dos Portos teve suas atividades interrompidas em 2015, desde então aguarda recuperação de sua estrutura para retomar sua atividade.

Fonte: O Tempo

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