Alzira diz que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) alega entraves burocráticos na compra do produto. Com prazo de validade de um mês, os reagentes precisam ser adquiridos regularmente a cada 30 dias. Trabalhando no MTHemocentro desde 1995, ano da fundação da unidade, a servidora afirma que os problemas tiveram início apenas em 2010, ano em que o governo deu início à implantação das OSS.
“Há 17 anos essas compras são feitas e só agora a burocracia se tornou um problema. Para mim, a questão é a gestão. Eles mudaram a forma de licitar e não reconhecem que ela é ineficiente”, avalia.
Além da ausência de produtos, o MTHemocentro enfrenta a falta de equipamentos. Alzira a firma que três refrigeradores, onde as bolsas de sangue e plaquetas são armazenadas, estão estragados. A SES chegou a comprar máquinas novas, mas, no lugar dos refrigeradores específicos para a função (que atingem temperaturas de até – 30°c), adquiriu geladeiras domésticas.
Por meio da assessoria, a pasta negou a interrupção no atendimento. Admitiu que enfrentou problemas no setor de Imuno-hematologia do MTHemocentro na última segunda-feira (10), mas sustentou que outras 23 unidades espalhadas pelo Estado têm suprido as necessidades dos pacientes da Capital. Afirmou ainda que já adotou medidas necessárias e que a situação será normalizada ainda hoje.
Por: Laura Nabuco
(Fonte: Diario de Cuiabá)