As áreas públicas exploradas irregularmente precisam ser desocupadas, para que depois haja licitação e alguma empresa explore o lugar.
RIO – A Secretaria Especial de Ordem Pública fechou na manhã de domingo um estacionamento irregular que funcionava na Avenida Alfredo Agache, nos arredores da Praça Quinze. O local foi mostrado em reportagem do GLOBO que revelou a existência de uma milícia que atua no Centro e é formada por pelo menos 14 policiais civis e militares. A quadrilha controla 47 ruas, 70 flanelinhas e dez estacionamentos que funcionam em terrenos públicos tomados à força.
Segundo o secretário especial de Ordem Pública, Alex Costa, a prefeitura já fez um mapeamento dos estacionamentos irregulares da região e a operação de ontem marca o início da segunda fase do processo, em que o poder público vai atuar para retomar o controle sobre esses territórios.
— Existe um problema crônico de vagas no Centro. As áreas públicas exploradas irregularmente precisam ser desocupadas, para que depois haja licitação e alguma empresa explore o lugar — afirmou.
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De acordo com Alex Costa, o levantamento dos estabelecimentos irregulares será entregue à Secretaria de Segurança Pública, já que existem indícios da presença de policiais civis e militares na quadrilha que controla os estacionamentos. O secretário garantiu também que possíveis funcionários da prefeitura coniventes com a atuação do bando serão punidos.
A operação de domingo contou com seis guardas municipais, 12 agentes da Secretaria de Conservação e seis funcionários da CET-Rio. Dois carros estacionados em cima da calçada foram rebocados. Uma viatura da PM chegou ao local para dar apoio depois que a ação já estava em andamento. No início da operação, três flanelinhas atuavam na área, mas foram embora antes da chegada da polícia.
Prefeitura planeja projeto para ocupação da área
O secretário de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osorio, também esteve na Praça Quinze e disse que vai dificultar o acesso dos motoristas à área onde funcionava o estacionamento irregular.
— A rampa que servia de entrada será eliminada e vamos colocar barreiras físicas para impedir o acesso. Estamos pensando em um projeto de ocupação para a área, mas isso ainda não está definido — contou Carlos Roberto Osorio.
O esforço no combate aos estacionamentos irregulares terá o apoio da Polícia Militar. O comandante do 5º BPM (Praça da Harmonia), Amaury Simões, garantiu que uma viatura vai permanecer na área por tempo indeterminado:
— Nosso apoio vai ser operacional, para assegurar que os flanelinhas não ameacem os agentes da prefeitura ou até mesmo os motoristas acostumados a parar no local.
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