De perfil parecido com o do jovem prefeito carioca –talvez menos político e ainda mais aideológico–, Osório enquadra-se no figurino do homem do choque de gestão. Ele se diz feito para cumprir missões, com planejamento, dedicação e cobrança.
Em menos de um mês no cargo, avisou que fará licitação de vans, multou ônibus que não pararam para idosos e estudantes, anunciou a meta de reduzir a frota em circulação, fez lembrar (com multas) que caminhões têm horário para carga e descarga e mandou rever a tabela dos táxis do aeroporto Santos Dumont.
Contra Osório pesa o fato de ter pouco carisma e não circular entre os “políticos profissionais”. Na metáfora de Lula, seria mais um “poste”.
Para Paes, a situação é confortável. Se der errado, pode mudar de aposta e de secretário, sem prejuízo político; se der certo, terá criado pessoalmente um forte candidato à sucessão em 2016, sem precisar do apoio de padrinhos ou partidos.
Por: Paula Cesarino Costa é jornalista.
(Fonte: Folha SP)