O dinheiro que Karina pleiteou logo veio e o Departamento de Licitação da prefeitura abriu concorrência, em setembro de 2010, na modalidade tomada de preços. A Pavimentadora e Construtora Viasol assumiu a obra, orçada em R$ 325,7 mil e com prazo de quatro meses para entrega. O contrato recebeu aditamento de R$ 98,8 mil.
Contam pela cidade que, nos idos de 50 e 60, o local onde construíram o parque aquático era uma lagoa que foi aterrada com lixo doméstico, restos de cerâmica e de construção. A prefeitura informou que “os problemas foram causados por uma acomodação do terreno” e estima que “em cinco dias o serviço esteja totalmente concluído”. A Viasol não se manifestou.
“A construtora não é minha, a piscina não é minha”, diz Karina. “Quero investigação, pedi CPI. Na Câmara eu meti o sarrafo neles. Rachadura não é culpa minha, meti o pau no vazamento. A piscina é uma vergonha.”
Karina refuta suspeitas que cercam sua ONG. “As contratações eu faço com pregão presencial e ampla transparência. Eu não tenho tanta força no ministério. As coisas não são tão simples. Sabe quantas vezes almocei com o Orlando? Uma em cinco anos.”
Por:FAUSTO MACEDO
(Fonte: O Estado de S.Paulo)