De acordo com relatório de fiscalização obtido pelo Estado, a “aproximação” entre a entidade e a fornecedora foi feita antes mesmo da abertura de licitação para definir o processo de compra.
Controladoria aponta preços supostamente superfaturados em convênio do Programa Segundo Tempo
Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que autoridades do Ministério do Esporte serviram de intermediárias entre o Instituto Contato, suspeito de desviar verbas da pasta para o PC do B, e uma empresa subcontratada na execução de convênio do Programa Segundo Tempo. De acordo com relatório de fiscalização obtido pelo Estado, a “aproximação” entre a entidade e a fornecedora foi feita antes mesmo da abertura de licitação para definir o processo de compra.
A CGU fiscalizou o contrato com a Guarani Comércio e Distribuição de Materiais Esportivos, que forneceu kits para aulas de tênis. Após ouvir representantes da empresa, os auditores concluíram que dirigentes do Esporte “se encarregavam de promover uma aproximação” da ONG com a fornecedora em convênio de R$ 4,4 milhões, celebrado em 2006.
O contrato foi assinado a preços supostamente superfaturados, mediante concorrência que teria sido direcionada, em 2007, conforme o relatório da CGU. Uma das evidências da intermediação é o próprio termo do convênio, assinado no ano anterior pelo ex-secretário executivo do Esporte, Rafael de Aguiar Barbosa – na gestão, como ministro, do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), na época filiado ao PC do B.