Caso não haja problemas na licitação, a empresa vencedora do certame poderá iniciar as obras em agosto e finalizá-la no começo de 2016.
O Daerp (departamento de água e esgotos) de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) pretende construir 13 poços artesianos na cidade para melhorar o abastecimento de água.
O Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), informou, no entanto, ter liberado a construção de seis poços. Os outros ainda estão em tramitação no órgão estadual. Para construir os poços e ampliar a captação de água, o Daerp terá de desativar poços já existentes, de acordo com Carlos Eduardo Alencastre, diretor do Daee.
Caso haja poços funcionando um ao lado do outro, por exemplo, o Daerp pode ser acionado na Justiça. “Todo pedido de construção de poço deve passar pelo Daee. Se o Daerp quer perfurar, pode, desde que desative outro”, disse Alencastre.
Um edital publicado na edição de quarta-feira (17) do “Diário Oficial” do Município prevê gastos de cerca de R$ 25 milhões somente com a construção dos poços. As obras têm prazo de 18 meses para serem concluídas.
Caso não haja problemas na licitação, a empresa vencedora do certame poderá iniciar as obras em agosto e finalizá-la no começo de 2016.
Devem ser construídos poços em todas as regiões do município, em bairros como Parque dos Lagos, Jardim Salgado Filho e Quintino Facci.
O problema com abastecimento de água em Ribeirão Preto é crônico e atinge bairros em todas as regiões.
O Paulo Gomes Romeo, na zona oeste, por exemplo, geralmente fica sem o fornecimento de água em quase todos os finais de semana.
A captação de água também é outro problema em Ribeirão, porque é feita de forma irregular em 52 poços, conforme a Folha revelou na edição do último sábado (12). Ao todo, existem 106 poços sob jurisdição do Daerp. A irregularidade acontece porque o departamento não tem medidores de captação. Ou seja, não há como saber quanto os 52 poços captaram de água do aquífero Guarani –manancial subterrâneo que abastece a cidade.
DISTRIBUIÇÃO
O Daerp também deve trocar a rede de distribuição de água nos bairros Campos Elíseos, Jardim São Luiz, Sumarezinho e Vila Tibério. Os bairros são antigos e estão com a rede defasada.
Na Vila Tibério, por exemplo, Geisa Montezani, proprietária de uma loja na rua Bartolomeu de Gusmão, uma das vias mais movimentadas no horário de pico, disse que há dois anos há casos de problemas na rede de distribuição do bairro. “Vaza água no meio da rua ou na calçada. Meu vizinho arruma a cada dois meses.”
Já o aposentado Sérgio Pedro, 69, afirmou acreditar nas obras do Daerp quando não precisar chamar nenhum técnico para arrumar problemas de vazamento. “Não adiantar fazer remendo. A rede é antiga, tem de 50 a 60 anos e precisava ser trocada”, disse.
(Fonte: Boa Informação)