A não renovação das concessões pela CTEEP, se confirmada, impedirá o governo de retirar da conta de luz dos consumidores R$ 1,7 bilhão por ano, até meados de 2015, quando a concessão termina e os ativos voltarão à União para nova licitação.
Conselho de Administração vai propor a acionistas que rejeitem proposta de renovação antecipada do governo federal por discordar dos valores
A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) vai propor aos acionistas que rejeitem a renovação antecipada da concessão que vence em 2015, em mais um provável revés do governo federal em seu plano para garantir um corte médio de 20% na conta de luz no ano que vem.
O Conselho de Administração da CTEEP acredita que o melhor para a empresa é que “não seja realizada” a renovação da concessão nos termos e condições estabelecidas pelo governo. Porém, comunicado enviado à imprensa diz que mudanças na MP 579, que trata da renovação das concessões, podem levar a administração a rever a sua recomendação aos acionistas.
Analistas já esperavam a rejeição da proposta do governo pela CTEEP. Outras companhias, como a Cesp e a Cemig, ainda estão avaliando se vão ou não recomendar aos sócios a extensão dos contratos.
Para diminuir a tarifa de energia paga pelo usuário final, o governo da presidente Dilma Rousseff está antecipando a renovação de concessões elétricas que venceriam de 2015 a 2017. Para isso, vai indenizar as concessionárias por investimentos não depreciados, e exigirá uma redução de cerca de 70% na receita obtida com esses ativos velhos.