Nas ações o Promotor de Justiça narra que Abrahão de Souza, então Secretário Municipal de Infraestrutura, Luiz Juventino Selva, Diretor de Logística e Presidente da Comissão de Licitação, os servidores públicos Woimir Wasniewski Júnior e Nilton João Spillere e o empresário Hudson Ricardo Colonetti, proprietário da empresa Artevila, teriam organizado e estruturado um esquema para controlar os procedimentos licitatórios realizados para a repavimentação das vias públicas com lajotas e as contratações das empresas encarregadas das obras e seus respectivos pagamentos, o que teria permitido o desvio de recursos públicos.
Os envolvidos, com distintos graus de responsabilidade, conforme o MP teriam cometido as seguintes irregularidades:
dispensas e fracionamentos indevidos de licitações;
contratações dirigidas;
pagamentos por serviços não realizados;
determinação de fornecimento indevido, por parte da municipalidade, de bens e materiais utilizados na obra que deveriam ser fornecidos por particular (e o pagamento a particulares por bens e serviços que foram, de fato, fornecidos pelo município);
falsificação de documentos públicos para justificar liberações indevidas de recursos;
subcontratações irregulares de pessoas com vínculos político-partidários ou pessoais com integrantes da administração;
pagamentos feitos em espécie, em nome da municipalidade, sem registro e às escondidas, a pessoas responsáveis pela repavimentação;
pagamentos feitos em nome da municipalidade, através da entrega de cheques de titularidade de fornecedores do município, também de forma ilícita, a indivíduos que trabalharam nas obras de repavimentação.
Segundo Medina, as fraudes realizadas pelo grupo lesaram o município de Criciúma em, aproximadamente, R$ 1,2 milhão.
Além da condenação dos envolvidos pela prática de ato de improbidade administrativa, o Promotor de Justiça, na denúncia criminal, requer a condenação pelas fraudes que teriam sido praticadas nos processos licitatórios.