O contrato emergencial foi feito porque há questionamento na Justiça sobre novo processo licitatório.
Pela primeira vez em 13 anos, outra empresa irá operar a iluminação pública da Capital. A Alusa Engenharia, com sede em São Paulo, e a Prefeitura de Fortaleza assinaram contrato emergencial para a prestação do serviço na semana passada. A operação começa em 31 de março, quando o documento entra em vigor, e tem validade por 180 dias. É o sexto contrato emergencial desde 2011, o primeiro que não é firmado com a Citéluz.
O contrato emergencial foi feito porque há questionamento na Justiça sobre novo processo licitatório. Segundo o secretário de Conservação e Serviços Públicos, João Pupo, a contratação foi de cerca de R$ 29,3 milhões. “Ela lançou proposta cerca de R$ 500 mil mais barata que a segunda, a Citéluz”.
O primeiro contrato emergencial foi firmado em 22 de agosto de 2011 entre Prefeitura e Citéluz, mesma data em que empresa e Município rescindiram compromisso feito por meio de licitação. O POVO apurou que os cinco emergenciais com a Citéluz custaram R$ 137,2 milhões.
Desde 2001, a empresa francesa é responsável pelo serviço em Fortaleza. Há acusações de direcionamento. Questionado sobre o assunto, o prefeito Roberto Cláudio rechaça. “Como há favorecimento? O que favorece a Citéluz é não licitar. Se o edital tivesse vício, não teriam 18 interessadas”.
João Melo, que assumiu cinco pastas na gestão de Juraci Magalhães e era secretário do Desenvolvimento Econômico na época da licitação, afirma que a contratação da Citéluz seguiu os trâmites legais. “Foi feita uma pesquisa para saber onde tínhamos empresas que oferecessem esse serviços. Foi aberta uma licitação nacional. Apareceu a Citéluz, que venceu a licitação e passou a prestar esse serviço”. (AJ)
(Fonte: O povo)