O consórcio Pró-Urbano diz que a estimativa do número de passageiros feito à época da licitação foi superestimada, e que a operação do sistema não está dando o lucro esperado.
Em menos de um ano, o Pró-Urbano, consórcio responsável pelo transporte público de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), descumpriu 17 pontos do contrato de concessão do serviço, firmado com a prefeitura em maio do ano passado.
A informação é do superintendente da Transerp (gestora do transporte em Ribeirão), William Latuf, que prestou depoimento nesta segunda-feira (2) na CPI do Transporte Público, na Câmara. Os vereadores investigam o descumprimento do contrato e se houve negligência do poder público na fiscalização do serviço.
Apesar do descumprimento, o governo Dárcy Vera (PSD) ainda não multou o consórcio e diz que o caso está sendo analisado.
Segundo Latuf, apenas duas das irregularidades foram sanadas. Um deles foi regularizado na última sexta-feira (30), quando o Pró-Urbano pagou uma dívida de R$ 530 mil referente à taxa de administração do serviço. O segundo atraso contratual foi o oferecimento de 250 pontos de recarga do cartão de ônibus.
Entre os itens ainda não cumpridos está a segunda etapa de investimentos, com a criação de três linhas de ônibus, e a incorporação à frota de 13 novos veículos.
Entre os outros 14 pontos em atraso está a colocação de 1.400 placas de ponto de ônibus e a instalação de uma segunda catraca nos veículos para agilizar o embarque.
TRÂMITE BUROCRÁTICO
Latuf diz que a Transerp enviou 23 ofícios ao Pró-Urbano, e outros sete à prefeitura, para avisar sobre as irregularidades. Segundo ele, cabe à Secretaria de Administração decidir ou não pela aplicação das multas.
O secretário da pasta, Marco Antonio dos Santos, diz que o processo está em fase de defesa administrativa, quando são ouvidos os argumentos do consórcio.
O consórcio Pró-Urbano diz que a estimativa do número de passageiros feito à época da licitação foi superestimada, e que a operação do sistema não está dando o lucro esperado.
Por: FELIPE AMORIM
(Fonte: Folha SP)