A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou ontem que vai exonerar dois de seus dirigentes por irregularidades em obra de R$ 40 milhões.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou ontem que vai exonerar dois de seus dirigentes por irregularidades em obra de R$ 40 milhões. O superintendente de Armazenagem e Movimentação de Estoques, Milton Libardoni, e o gerente da Rede de Armazéns Próprios, Temístocles Barbosa Pinto, foram apontados em relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) como responsáveis por pagamentos irregulares de R$ 12,2 milhões para a construção de um armazém em Uberlândia (MG). A auditoria determina a devolução de metade desse valor.
Relatório preliminar da fiscalização, concluído no fim de 2011, constatou superfaturamento de até 200% em produtos empregados na obra. O armazém, para 100 mil toneladas de grãos, começou a ser construído em 1998, mas os serviços pararam dois anos depois. Os contratos com irregularidades foram firmados em 2008 e executados nas gestões dos ex-presidentes da Conab Wagner Rossi (que também foi ministro da Agricultura) e Alexandre Magno Aguiar.
Além dos dois funcionários, a auditoria responsabiliza pelas falhas o ex-diretor de Operações e Abastecimento, Rogério Colombini, que deixou o cargo no ano passado. Conforme a CGU, houve superfaturamento em materiais empregados na obra e em serviços para pavimentação e irrigação de gramado. Neste último caso, o preço pago ficou cinco vezes acima do praticado no mercado, gerando um prejuízo de R$ 483 mil. Só com materiais e equipamentos, foram gastos R$ 3,7 milhões indevidamente.