O dossiê da candidatura do Rio aos Jogos de 2016, entregue ao Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2009, previa que o atual velódromo “passasse por uma grande reforma”. O documento citava até o preço estimado da reforma: US$ 35 milhões, cerca de R$ 70 milhões em valores atuais.
Uma ilustração do dossiê mostra como ficaria o velódromo novo. Teria um maior número de cadeiras para o público e vestiários para os atletas, com alterações na inclinação e na curvatura da pista e também sem as pilastras na parte central, que, hoje, impedem que os juízes tenham uma visão completa da competição.
Mas, há quase dez dias, foi anunciada a demolição do velódromo atual e a construção de um novo. A decisão foi do Comitê Rio 2016 e aceita pela Empresa Olímpica Municipal. “O velódromo atual – o Rio 2016 pode dizer melhor -, tem uma série de problemas técnicos em relação às olimpíadas. Ele não é adequado para os jogos, portanto nós teremos que fazer um novo velódromo, que vai compor o futuro centro de rendimento”, afirmou a presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos, no dia 6 de julho.
A Empresa Olímpica Municipal informou que não foi mencionado a demolição do velódromo, mas que fosse montado em outra cidade do país.
Na última sexta-feira (13), a prefeitura publicou no Diário Oficial um aviso de licitação para três projetos para o Parque Olímpico. Um deles é justamente o que prevê a construção de um novo velódromo. O valor da licitação para escolher a melhor proposta de arquitetura e engenharia da instalação é de mais de R$ 5 milhões. O prazo de execução do projeto é de sete meses. Sobre o edital, a Empresa Olímpica Municipal disse que há prazo suficiente para alterações, caso tenha que ser reformado.
“Tem que fazer contas. A reforma, que tem que ser feita, e que requer muitas modificações no projeto atual do velódromo, pode ser que custe mais caro do que fazer outro”, finalizou Gryner.
(Fonte: G1)