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Com eleição unânime, Erotides é escolhida e ocupa vaga de Díocles

Entre as possíveis escolhidas, Graciema Ribeiro de Caravellas, aposentada compulsoriamente devido a um suposto desvio de verbas e materiais na construção do Fórum de Cuiabá e favorecimento em licitação.

 

A juíza criminal de Várzea Grande Maria Erotides Kneip Macedo foi eleita desembargadora por unanimidade e vai ocupar a vaga deixada por Díocles Figueiredo, aposentado em setembro do ano passado. Apesar da decisão do pleno, a escolha dela, pelo critério de antiguidade, ainda pode ser questionada junto ao Conselho Nacional de Justiça sob argumento de que a magistrada não possui o passado ilibado.

 

Em 2004, Erotides teria emitido cheques sem fundos durante a realização da reforma do Fórum de Várzea Grande. A dívida, entretanto, foi quitada pelo TJ. A briga pela vaga de Díocles é antiga. No início do ano passado, os membros do TJ haviam escolhido o também juiz de Várzea Grande Fernando Miranda, mas ele não conseguiu assumir a cadeira devido a denúncias formuladas pelo então corregedor do TJ Manoel Ornelas junto ao CNJ.

 

Após uma longa queda-de-braço jurídica a sessão que culminou na escolha de Miranda foi anulada. Nesta terça o magistrado tentou se defender mais uma vez, requerendo que seu nome fosse colocado novamente na disputa, nas devido ao desgaste diante das denúncias, sequer teve chance. Por 17 votos a 5 acabou ficando fora do páreo.

 

A eminência de que problemas semelhantes possam ocorrer também nesta eleição foi destacada pelo desembargador José Ferreira Leite. Ele chegou a anunciar que se absteria de votar, por fim, entretanto, seguiu o entendimento do pleno. Não votaram os desembargadores Rui Ramos e Gerson Ferreira Paes. Eles precisaram se retirar antes do fim da eleição para assumir os cargos de presidente e vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), respectivamente.

 

Caso a promoção de Erotides seja questionada, o próximo da fila seria o juiz Luiz Carlos da Costa, mas ele preferiu não entrar na disputa pela vaga, ficando automaticamente fora. Depois dele, aparece o juiz Círio Miotto, afastado do cargo pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) devido a suposto envolvimento num esquema de venda de sentenças no Estado. Por fim, também está entre as possíveis escolhidas, Graciema Ribeiro de Caravellas. O problema é que ela foi aposentada compulsoriamente pelo CNJ em fevereiro de 2010, devido a um suposto desvio de verbas e materiais na construção do Fórum de Cuiabá e favorecimento em licitação e tráfico de influência. Ela se mantém no cargo graças a uma liminar.

 

Por: Patrícia Sanches e Laura Nabuco
(Fonte: RDNews – Poderes e Bastidores)

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