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Canteiro de obras para Mundial leva caos a Cuiabá

Até o momento, são cerca de 30 os canteiros de obra abertos na cidade. Projetos anunciados há quatro anos, como pontes e vias alternativas, não foram concluídos.

 

Falta de mão de obra, alterações de projetos e crises de empreiteiras levaram ao acúmulo de obras que já deveriam estar prontas.

 

As principais avenidas, com trechos interditados, foram tomadas por crateras onde são construídas passagens de nível, viadutos e pontes.

 

O fluxo do tráfego é feito por desvios improvisados em ruas de bairros que, por causa do movimento pesado, rapidamente se deterioram e se tornam intransitáveis.

 

Até o início do segundo semestre, segundo a Secretaria Extraordinária da Copa em MT, outros 24 novos canteiros serão abertos, na tentativa de pôr em funcionamento os 22 km de trilhos, estações e terminais do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).

 

Uma das mais caras e polêmicas da Copa, com orçamento de R$ 1,4 bilhão, a obra foi paralisada duas vezes no ano passado por liminares da Justiça Federal.

 

Recentemente, um relatório do Tribunal de Contas da União indicou que, até dezembro de 2012, 90% das obras em andamento para a Copa estavam atrasadas em relação ao cronograma –algumas, em até oito meses.

 

A situação não cria problemas só aos motoristas. Os bloqueios impedem também acesso a pontos comerciais.

 

“Meu movimento caiu pela metade e tive que demitir 20% dos funcionários”, disse Amarildo Amaral, dono de uma loja de autopeças nas imediações de uma das obras.

 

Nesta semana, o governo rescindiu os contratos com a empreiteira responsável por três obras na principal via de acesso à Arena Pantanal.

 

Segundo a secretaria, a Ster Engenharia não foi capaz de cumprir prazos e será substituída em, “no máximo”, 15 dias –provavelmente, por meio de contratação emergencial, sem licitação.

 

O distrato foi feito no dia do anúncio de que a construtora Santa Bárbara, que liderava o consórcio construtor da Arena Pantanal, havia decidido abandonar a obra.

 

O promotor Clóvis de Almeida Júnior abriu inquéritos para apurar as alterações.

 

De acordo com ele, o caos vivido na capital mato-grossense era um “fato anunciado”. “Houve falta de planejamento”, afirma.

 

O promotor diz acreditar que há “tempo hábil” para concluir obras já iniciadas, mas é cético em relação ao VLT: “Não sairá até a Copa”.

 

Por: RODRIGO VARGAS
(Fonte: Folha SP)

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