Carlos Cavalcante (PPS), informou que a divisória foi comprada com dispensa de licitação, ou seja, custou menos que R$ 8 mil (limite previsto na Lei de Licitações).
‘Cercado’ tem defensores, mas não é unanimidade nem na base aliada.
Presidente disse que medida é para evitar que conversa afete sessões.
A mesa diretora da Câmara de Piracicaba (SP) mandou instalar uma proteção de vidro para separar os vereadores do público que acompanha as sessões do Legislativo. O ‘cercadinho’ teve defensores, mas não foi unanimidade nem mesmo entre vereadores da base de governo.
Entre os críticos da divisória estão José Antônio Fernandes Paiva (PT), Márcia Pacheco (PSDB), Matheus Erler (PSC), José Luiz Ribeiro (PDT) e Paulo Campos (PTB). “Isso deve ser um anteparo para cuspe. Se alguém tentar cuspir na gente até protege, mas se for uma agressão maior essa proteção não segura”, disse Márcia, que é governista.
Paiva e Erler reclamaram de ficar impedidos de conversar com seus assessores. “Eu entendo a boa intenção da mesa, mas não concordo com isso”, disse Paiva, que fez uma moção de apelo para que a mesa retire a proteção. Em dado momento da sessão desta segunda-feira (29), o petista precisou se pendurar no cercado para conversar com pessoas que estavam no plenário.
A medida foi tomada, segundo o presidente da Câmara, João Manoel dos Santos (PTB), para que a conversa não atrapalhasse os andamentos das sessões. “É um pedido que veio dos próprios vereadores na gestão passada. Às vezes os vereadores ficam conversando e atrapalham o andamento”, disse. O presidente relatou ainda que não estava “inteirado” sobre o valor pago pela proteção.
O vice-presidente do Legislativo, Carlos Cavalcante (PPS), informou que a divisória foi comprada com dispensa de licitação, ou seja, custou menos que R$ 8 mil (limite previsto na Lei de Licitações). “Os vereadores ficam muito perto da plateia. É arriscado alguém agredir.”