As empresas aguardam o edital de licitação, que deve sair até junho.
O acirramento da disputa por mercado com produtos importados pode levar a Braskem a alterar sua política de preços, baseada fundamentalmente em acompanhar os valores praticados no mercado por seus concorrentes estrangeiros. A indicação foi dada ontem pelo presidente da empresa, Carlos Fadigas, após encontro com analistas e investidores em São Paulo. “Podemos seguir a tendência de preços internacionais, mas com ajustes menores do que os praticados”, afirmou o executivo.
A mudança na agressividade da companhia, termo utilizado pelo próprio executivo, seria uma resposta à perda de cinco pontos porcentuais de market share ocorrida no ano passado.
Essa seria uma das razões para a companhia já constatar uma recuperação de mercado ao longo dos primeiros meses de 2011. A contrapartida da mudança de estratégia da empresa é a redução das margens das vendas, compensada parcialmente pelo ganho de escala dos negócios. Fadigas, contudo, não explicou se a mudança na política de preços já está em curso. O executivo indicou que esse movimento poderá ser mais visível ao longo do ano.
Efeito. Além de mudanças na política comercial da Braskem, outros fatores que podem ter contribuído para a recuperação de participação de mercado da companhia ao longo do primeiro trimestre são a valorização do real e a estratégia de maior aproximação dos clientes.
No caso do câmbio, a valorização do real tem efeito duplo: reduz a competitividade da resina importada e aumenta a competitividade do transformador plástico brasileiro no mercado interno e no mercado externo. Já na relação com os clientes, a companhia tem implementado uma série de iniciativas, sendo o Programa Visio um dos mais destacados pela petroquímica.