A mil dias do jogo de abertura, data a ser celebrada amanhã, as 12 cidades-sede aumentam ritmo das construções
A sexta-feira vai ser de festa nas 12 cidades-sede da Copa de 2014. Em maior ou menor escala, todas preparam eventos para marcar os mil dias para o início do Mundial. O ritmo das obras está melhorando, crescendo. Um olhar mais atento, porém, aconselha que os foguetes sejam soltos com moderação. Ainda há bastante coisa por fazer para deixar o Brasil apto a receber as melhores seleções do planeta e seus milhares de torcedores.
O governo brasileiro divulgou ontem balanço da preparação do País. O tom, como manda tais ocasiões, foi otimista. Apesar disso, há preocupação. As obras de mobilidade urbana causam inquietação e obrigam até a mudança de rota (leia abaixo). Aeroportos, portos e mesmo alguns estádios ainda não atingiram a velocidade desejada.
É fato que todas as arenas já estão em construção ou reforma. O ritmo é que não é uniforme. Se há casos como o do Mineirão, que proclama ter 80% da terraplenagem concluída, bem como 40% da fundação externa e 70% da interna – o cronograma está sendo obedecido e esse foi um dos fatores que levaram a Fifa a escolher a cidade para receber o evento oficial dos mil dias; o outro é o bom estágio das obras de mobilidade -, também tem quem ainda engatinhe, como a Arena das Dunas, em Natal, que demorou para começar a caminhar e o faz a passos curtos.
Mesmo assim, o governo mantém a previsão feita pela presidente Dilma Rousseff há duas semanas, de que nove estádios serão entregues até o final de 2012.
Um ritmo que cresceu bastante é o de viabilização da linha de crédito do BNDES para as arenas. No balanço de ontem, foi destacada a assinatura de contratos no valor de R$ 2,3 bilhões. Cada arena pode emprestar até R$ 400 milhões. Tudo indica que os trabalhos nos estádios serão acelerados. Não há essa garantia, pelo menos no momento, em relação à maioria das 49 intervenções de mobilidade urbana.