O conjunto foi avaliado por um perito, a pedido da Assembleia, em R$ 4,7 milhões. Há dois anos, a Casa pagou R$ 8,9 milhões pelos carros novos -depreciação de 47%.
Com isso, o Legislativo deve desembolsar um valor entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões, a depender do modelo do carro escolhido. O critério será o menor preço.
A troca foi noticiada no último sábado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. A Assembleia justificou a aquisição pelo aumento nos custos de manutenção da frota atual.
O edital exige que os novos veículos tenham ar-condicionado digital e tocador de música no formato MP3. Devem ser sedan, ano 2013 e modelo 2013, com motor 2.0, 16 válvulas e potência mínima de 150 cavalos. Não há, no entanto, exigências sobre o consumo de combustível ou sobre a emissão de poluentes.
EXIGÊNCIAS TÉCNICAS
Há a determinação ainda de que o carro tenha comprimento mínimo de 4,5 metros e rodas com perfil superior a 50. Essas especificações restringem a escolha da Casa a apenas dois modelos disponíveis hoje no mercado: o Toyota Corolla (R$ 72.990) e o Citroën C4 Pallas (R$ 67.142).
Outros veículos do tipo não se adequam por pouco. Uma das versões do Honda Civic, por exemplo, mede 4,48 metros – 2 centímetros a menos que o exigido. O Fluence, da Renault, tem potência de 143 cavalos, sete a menos que o previsto no edital. Já o Peugeot 408 tem rodas com perfil 45, e não 50, e também não se enquadra no edital.
Em resposta à Folha, a Assembleia afirmou que as especificações foram definidas com base em “critérios de economicidade e segurança”, estabelecidos a partir das “reclamações de parlamentares e dos agentes de segurança”.
Disse também que a viabilidade administrativa e jurídica da compra foi atestada pela Procuradoria da Casa e pela comissão de licitação.
(Fonte: Folha SP)