Medida foi tomada após um princípio de incêndio em março de 2011; de acordo com diretora, luz deve voltar em setembro
Considerado o segundo arquivo público mais importante do País em documentação histórica, atrás apenas do Arquivo Nacional, no Rio, o Arquivo Público da Bahia, instalado em uma construção do século 16, está parcialmente às escuras há 15 meses.
A medida foi tomada depois de um princípio de incêndio na central de força do prédio, localizado no lado externo, em março do ano passado. Na época foi constatada a necessidade de reforma no sistema de distribuição de energia elétrica no local.
“Os arquivos não foram afetados, mas só o fato de sabermos que poderia haver riscos nos levou a desligar a energia”, explica a diretora da unidade, Teresa Matos. “Temos documentos da época da colônia, do império, que não existem em outro lugar.”
Os estudos para a reconfiguração do sistema de energia duraram seis meses. Foram mais três para o início da licitação, que foi concluída em 18 de janeiro. A reforma da rede custará R$ 843 mil. O contrato para o serviço foi assinado no fim de abril e a expectativa é de que a energia volte ao normal em setembro.
Enquanto as obras não começam, os 400 pesquisadores que vão mensalmente ao local usam uma das duas pequenas salas nas quais a iluminação foi religada – na outra, funciona provisoriamente a administração do órgão. “Só religamos a energia nessas salas depois que uma vistoria técnica confirmou que não haveria riscos”, disse a diretora. Visitas de grupos escolares, eventos e exposições estão suspensos.