Obras em terminais de São Paulo, Rio e Brasília serão feitas em regime de concessão a empresas
O ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, anunciou ontem que o governo vai tentar atrair a iniciativa privada para viabilizar as obras de reforma e ampliação de aeroportos brasileiros antes da Copa do Mundo de 2014. “Queremos combinar a urgência das obras com os investimentos públicos e privados”, afirmou.
O mecanismo utilizado será o regime de concessão. Por esse modelo, a empresa vencedora da licitação realiza as obras e ganha o direito de explorar serviços no aeroporto, como lojas.
Os editais de concessão, por 20 anos, para a reforma dos aeroportos de Guarulhos (SP) e de Brasília devem sair no início de maio. Em seguida, será a vez de Viracopos, em Campinas (interior de SP). A previsão é de que no final de junho ou começo de julho sejam lançados os editais de concessão de Confins (Belo Horizonte) e Galeão (Rio).
‘Bons problemas’
Na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, ontem, a presidente Dilma Rousseff, inclui a sobrecarga dos aeroportos (veja abaixo) entre os “bons problemas” que o país enfrenta.
“Sabemos que muitos dos problemas que vivemos hoje, e temos o compromisso de enfrentá-los e resolvê-los, podem ser chamados de bons problemas. Por exemplo: os aeroportos que temos de expandir porque o aumento das viagens aéreas supera o crescimento do país”, disse.
‘Não resolve’, diz Ipea
“Para 2014, nem o investimento privado teria tempo hábil de tocar essas obras importantes.” A afirmação foi feita ontem pelo técnico Carlos Álvares Campos Neto, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em audiência no Senado. Estudo do Ipea mostra que as obras estão atrasadas em nove aeroportos do país.
(Fonte: Destak)