Estrutura será construída justamente onde fica a balsa, que pode ser desativada com a obra
A Prefeitura de Araranguá estuda um meio de manter a balsa em funcionamento mesmo com o início da construção da ponte sob o rio Araranguá. Acontece que a obra será executada justamente onde é realizada a travessia, praticamente impossibilitando o funcionamento naquele local em específico.
Em entrevista ao Portal Engeplus, o prefeito Mariano Mazzuco explica que existe a possibilidade de transferir a balsa para outro local ou até mesmo desativá-la. Neste último caso, os motoristas teriam que se deslocar até Maracajá para acessar a Cidade das Avenidas.
“Naquele ponto não se consegue manter porque vai ter canteiro de obra. Não tomamos a decisão, mas estamos pensando em outro local, onde possa ser viável manter a travessia. Se não conseguirmos colocar em outro local, tem que dar a volta pela BR-101. Estamos analisando se há viabilidade de manter ou não”, explica.
O edital de licitação para contratação da empresa que executará a obra foi lançado no último dia 12. Os interessados têm até o dia 16 de julho – data da abertura dos envelopes – para encaminhar proposta. Mazzuco explica que após este processo, ainda levará cerca de 45 dias para que a ponte comece a ser construída.
Na última semana, a prefeitura abriu a conta bancária necessária para o recebimento do recurso programado via convênio com o Governo do Estado. A primeira parcela de contrapartida da prefeitura – cerca de R$ 300 mil – já está, inclusive, depositada. O Estado deve acrescentar a este saldo uma parcela de R$ 2,5 milhões, lembrando que o custo total da operação é de R$ 15,8 milhões.
A obra vai sair, não estamos mais no campo da hipótese. É um benefício turístico, de resgate da região do distrito, que estava separado pelo rio Araranguá. É o crescimento daquela região em termos econômicos, de turismo, agricultura e exploração imobiliária. Então se começa a criar oportunidades, entre elas a exploração do rio Araranguá. É o novo alvo para atingirmos o incremento no turismo.”
O fim da balsa e a exploração do rio Araranguá
O prazo para execução das obras é de 15 meses, conforme a estimativa prevista no edital. A nova ponte deverá significar o fim da travessia por meio da balsa, todavia a expectativa é que abra um novo leque de exploração do rio Araranguá como ferramenta turística. “Acho que a balsa, depois de fazer a ponte, se torna desnecessária, a não ser que terceirizasse para alguém que tiver interesse. Vai ser no novo mandato, não sei quem será o prefeito, ele poderá pensar diferente”, afirma Mazzuco.
Uma ideia antiga e que pode, no futuro, se tornar um projeto é abrir a concessão para passeios de barco que somaria ao potencial turístico da região. “A balsa perde o sentido, embora tenha o glamour. Mas um barco que fizesse um passeio no rio, aí valeria a pena. Sempre pensei de abrir a concessão de determinada embarcação para fazer o passeio saindo de Araranguá indo até a barra, fazendo algumas paradas ao longo do rio. Eu penso que seria muito interesse para os turistas conhecerem o rio. Em Torres, a balsa não foi mais ativada depois da ponte, mas tem os barcos”, conta.
O projeto de concessão para que a iniciativa privada possa explorar uma linha de turismo de barco é interessante. Tivemos a ideia e nunca foi para a prática. O rio está cada vez mais maduro, as pessoas estão se interessando mais pelo rio.”
Além da ponte, o recurso também possibilitará a pavimentação asfáltica dos acessos. Na margem direita (Morro dos Conventos), com extensão de 2,2 quilômetros, e a margem esquerda (Hercílio Luz), com extensão de 2,6 quilômetros.
(Fonte: Engeplus)