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Vencedoras de licitação em MT não administram aeroportos concedidos pela Anac

Umas das empresas é a mesma que administra, emergencialmente, a Rodoviária de Cuiabá.

Vencedoras da licitação para administrar quatro aeroportos em Mato Grosso, as empresas Sinart e Socicam não administram nenhum outro terminal aéreo no país que tenha sido concedido à iniciativa privada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No Estado, elas vão gerir os aeroportos de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Alta Floresta. Para isso, pagaram R$ 40 milhões (preço da outorga) ao governo federal.

No consórcio vencedor, a Socicam terá 85% da administração dos aeroportos, os outros 15% ficarão a cargo da Sinart. As duas são especialistas na administração de terminais rodoviários. No caso de terminais aéreos, estão presentes em alguns, mas não como concessionárias da Anac.

A Socicam se diz líder na área de mobilidade e logística em terminais de passageiros no Brasil e que a empresa passou a fazer gestões de aeroportos em 2008. A empresa sustenta ter experiência na administração de aeroportos e que possui em sua carteira a gestão de dois deles no interior do Ceará: um em Jericoacoara e outro na cidade de Aracati.

Outros três aeroportos no interior da Bahia, sendo o de Vitória da Conquista, Comandatuba e o de Ilhéus, também são citados pela Socicam, que lista ainda mais três localizados no interior de Minas Gerais, sendo o de Juiz de Fora, o de São João Del Rei e o de Ipatinga. Já em Goiás, a empresa faz a gestão do aeroporto de Caldas Novas e a gestão comercial do aeroporto de Goiânia.

A Sinart, por sua vez, comanda mais de 40 rodoviárias pelo país, entre elas a de Cuiabá, cuja concessão conseguiu de forma emergencial, ainda no governo Pedro Taques (PSDB). Em aeroportos, a empresa atua em Porto Seguro, na Bahia, e no de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Parâmetro de qualidade
Um empresário que preferiu não se identificar e que constantemente viaja para Porto Seguro conversou com o LIVRE sobre as condições do terminal aéreo baiano. Segundo ele, o aeroporto não tem boas condições e, mesmo tento voos internacionais, é pequeno e desconfortável para os passageiros.

“Quando chove, tem goteiras no saguão, é apertado. Venderam espaços para quiosques no meio do saguão, apertando todo mundo. Só tem uma esteira para reposição de bagagem, o ar-condicionado não presta. Cuiabá não está em boas mãos”, disse.

A Sinart foi procurada pela reportagem e preferiu não se manifestar. Na rodoviária de Cuiabá, a empresa atua desde novembro de 2017.

A Anac ainda não fez a relação de desempenho das duas empresas, já que os terminais administrados por elas estão sob gestão dos governos locais, não cabendo à Agência a fiscalização desses contratos.

Segundo a Anac, o contrato de administração dos aeroportos pelo consórcio ainda não foi assinado. O resultado da habilitação será publicado até o dia 24 de abril. Ainda não foi divulgada a data de celebração do contrato de concessão com as empresas, mas, segundo a Anac, será depois de 31 de maio.

(Fonte: O Livre)

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