O TCU havia acolhido pedido do Ministério Público junto ao tribunal para suspender a concessão, tendo em vista supostas falhas e omissões na proposta classificada em primeiro. Contudo, após análise de relatório técnico, o ministro José Múcio revogou a decisão. O MP recorreu, sendo derrotado ontem.
Na sessão, o relator do caso no TCU, ministro Raimundo Carreiro, votou para que a suspensão fosse restabelecida até que as dúvidas a respeito fossem sanadas. Ana Arraes, Walton Alencar, José Jorge, Augusto Nardes e Aroldo Cedraz divergiram, alegando não haver razoabilidade e fundamento técnico para a paralisação do processo.
“O voto do ministro José Múcio é irretorquível e a sociedade está pagando pela demora na concessão. Estamos tratando de uma licitação que já se encaminha para o início da execução. São rodovias que precisam de obras. A União sofre, a população sofre e a obra não vai para a frente”, afirmou Walton.
A revelação das andanças do líder do PMDB causou constrangimento na corte. Questionado, Walton, que recebeu o deputado, não quis das detalhes da conversa, explicando apenas que o deputado pediu “prioridade” ao processo.
O deputado Henrique Alves informou ontem que não pediu prioridade para o processo a Walton. O Consórcio Rodovia Capixaba não se pronunciou. COLABOROU TÂNIA MONTEIRO
Por: FÁBIO FABRINI / BRASÍLIA
(Fonte: O Estado de S.Paulo)