O prazo da análise do TCU vai depender da consistência dos dados – afirmou o ministro acrescentando que a fixação do leilão é uma decisão do governo.
BRASÍLIA – O presidente do TCU, Benjamin Zymler, afirmou nesta quinta-feira que a realização do leilão da concessão dos aeroportos, previsto para 22 de dezembro, vai depender da consistência dos dados apresentados pelo governo. Segundo ele, técnicos vão trabalhar aos fins de semana para que o tempo de análise dos editais seja o menor possível, mas frisou que o tribunal tem seus métodos e rotinas de avaliação e precisam ser seguidos para garantir que a concessão seja a mais “ajustada” possível.
– O prazo da análise do TCU vai depender da consistência dos dados – afirmou o ministro acrescentando que a fixação do leilão é uma decisão do governo.
Zymler afirmou, no entanto, que o TCU tem consciência que a questão dos aeroportos é um tema prioritário para o governo e para sociedade.
O governo entregou nesta quinta-feira ao TCU os editais finais de concessão dos três primeiros aeroportos que passarão à iniciativa privada: Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF). A outorga dos terminais (lance mínimo para levar a gestão) será de R$ 3,2 bilhões para os três, com obrigação de investimentos mínimos de R$ 17,8 bilhões ao longo da concessão, que vai variar de 20 a 25 anos. Todos os números estão em linha com aqueles antecipados pelo GLOBO na edição da última terça-feira.
Segundo a apresentação feita aos ministros do TCU, também como antecipou O GLOBO, o terminal de Viracopos, em Campinas-SP, demandará dos investidores o maior aporte de recursos: o piso mínimo de investimentos será de R$ 9,9 bilhões durante os 30 anos de concessão. A outorga do aeroporto foi fixada em R$ 521 milhões.