TCM quer que funcionários e diretores da Georio e da Contemat Concrejato expliquem por que houve uma troca no material utilizado na obra da ciclovia Tim Maia, que está interditada há quase três anos depois de ter desabado.
Nesta terça-feira (18), o Tribunal de Contas do Município do Rio intimou a empresa e o órgão público responsável pela obra da ciclovia Tim Maia, que está interditada há quase três anos depois de ter desabado, matando duas pessoas, para esclarecer possíveis irregularidades.
O TCM quer que funcionários e diretores da Georio e da Contemat Concrejato expliquem por que houve uma troca no material utilizado na obra da ciclovia – sem que que houvesse uma nova licitação.
De acordo com o relatório do TCM, o projeto básico da obra previa o uso de estruturas de metal para construir a base da ciclovia e a licitação para escolher a empresa responsável foi feita a partir desse projeto. Depois que a Concremat-Concrejato ganhou o contrato, os responsáveis pela obra – tanto da empresa quanto da Georio – preferiram usar blocos de concreto.
Na época, a Georio disse que utilizar concreto tornaria a obra mais ágil. A troca de material fez com que a obra ficasse R$ 9 milhões mais cara, saindo de R$ 36 para 45 milhões. O Tribunal de Contas do Município afirma que a mudança do material não poderia ter sido feita sem outro processo licitatório e definiu a troca como “erro grosseiro” do gestor responsavel.
Foram citadas oito pessoas da Georio e da Contemat Concrejato. Elas têm um praso de 30 dias para apresentarem a defesa ao TCM. Caso sejam comprovadas as irregularidades, elas terão que pagar uma multa para ressarcir os cofres públicos com R$ 45 milhões- já que a ciclovia não está sendo usada pela população desde o acidente.
Em nota, a Concrejato disse desconhecer a intimação e afirma que não teve acesso ao seu conteúdo.
“Toda a execução da obra foi acompanhada, fiscalizada e aprovada pelo contratante e pelos órgãos competentes, assim como os aditivos contratuais e o material utilizado, que seguiram rigorosamente as normas brasileiras”, dizia a nota.
A Secretaria de Infraestrutura e Habitação informou que não recebeu nenhuma intimação do TCM até o momento.
(Fonte: g1)