Para o executivo do Sinaval, a política do governo federal diz que toda vez que tiver condições de construir no Brasil, o país terá prioridade.
– Provavelmente a Petrobras fez alguma pesquisa e não está encontrando o atendimento dessa demanda dentro do prazo que está precisando.
Rocha fez questão de afirmar que o parque nacional da indústria naval tem condições de atender a essa demanda; tanto é verdade que citou a empresa OSX, que está fazendo um navio lançador de cabo para a Sapura, e o STX, em Recife, que tem como finalidade atender a essa demanda de PSLV.
– Acho estranho essa colocação de que o setor esteja com sua capacidade lotada para atender a essa demanda. Porém o Sinaval ainda não foi informado disso – disse, acrescentando que essa abertura poderá ser desleal, uma vez que os estaleiros estrangeiros contam com benefícios em detrimento dos nacionais: “os estaleiros brasileiros precisam viabilizar a melhor forma em prazo, qualidade e preço. Competição com o mercado externo só pode ser para conversão porque nós não temos esse produto no Brasil. Existe grande quantidade no Mar do Norte de equipamentos que podem ser feitas conversões com prazos mais rápidos do que o nosso de uma construção plena, que pode levar 42 meses para uma embarcação”.
Ariovaldo Rocha frisou que vai apresentar uma proposta à Petrobras sugerindo uma contrapartida do governo que, segundo ele, terá que ser dentro do que for possível.
– Nós também não podemos forçar uma empresa que é mista, que tenha que ter resultados nos seus balanços, seja obrigada a fazer as coisas no Brasil, quando o preço aqui estiver acima do que foi proposto pelo processo de especificação.
Por: Marcelo Bernardes
(Fonte: Monitor Mercantil)