Talvez nenhum outro setor da administração Hildon Chaves revele profunda deterioração nos serviços que presta quanto o da saúde. Entretanto, não é justo desconsiderar o descaso que impera no trânsito. Em ambos os setores, a situação beira o caos.
Na saúde, o prefeito trocou Alexandre Porto por Orlando Ramires, que ainda continua na fase das promessas. No trânsito, porém, Marden Negrão (que prometeu colocar ordem no galinheiro) ainda não disse a que veio. E olha que ele está há dez meses no cargo. Enquanto isso, o número de acidentes e mortes vai crescendo.
Sucessivas e diferentes propostas têm sido apresentadas para melhorar os serviços prestados tanto no setor do trânsito quando na área da saúde, mas nenhuma delas conseguiu evitar que se estabelecesse a calamidade pública, ainda não oficializada, por enquanto.
Uma coisa, porém, já se tem consciência: os problemas que envolvem um e outro não se restringem apenas a carência de recursos, mas sim, a completa ausência de planejamento, aliada a escassez de mão de obra qualificada.
Acredite ou não, mas as unidades de saúde estão sem medicamentos porque não se consegue preparar adequadamente uma licitação. E observe que muitas mudanças foram feitas nesse campo, inclusive a criação de cargos específicos, além de palestras e treinamentos, abordados por especialistas em licitações, com a finalidade de tornar a máquina mais célere e eficiente, mas ela permanece imperada.
O prefeito Hildon Chaves tem muita coisa para resolver. A pauta de problemas é inesgotável. Não se limitam a esses dois setores da administração. Vai mais além. Os exemplos estão aí. Não adianta querer fechar os olhos, tampouco cruzar os braços. Pelo contrário, é hora de selecionar as prioridades e cobrar eficiência de sua equipe de auxiliares.
Enquanto predominar a visão parcial e prevalecer o interesse partidário sobre os da população, com a manutenção de amigos e parentes de amigos em postos estratégicos do governo, onde deveriam estar técnicos qualificados para o serviço, a administração vai continuar a passos de tartaruga e o povo, é claro, sofrendo.
(Fonte: Rondonia ao Vivo)