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Prédios erguidos por PAC em antiga favela sofrem com alagamentos no RJ

Esse condomínio só tem três anos e foi feito por pessoas capacitadas, formadas, que pediram licitação ao governo para fazer as obras.

 

 

Móveis ficaram submersos e foram colocados na rua em forma de protesto.

Líderes comunitários aguardam reunião com Emop para resolver problema.

 

A tempestade de terça-feira (5) trouxe à tona um problema recorrente no Complexo de Manguinhos, na Zona Norte. Uma favela foi demolida para ser erguido um conjunto habitacional com apartamentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. Construído abaixo do nível do chão, o térreo de edificações do local conhecido como Dsup (antiga área da Divisão de Suprimentos do Exército) sofre com inundações após temporais. Pior: é naquele andar onde moram pessoas com menos mobilidade física, como deficientes e idosos, justamente para não precisarem subir escadas.

Em forma de protesto, os móveis que ficaram submersos foram colocados na calçada da Avenida Dom Helder Câmara e nas ruas do bairro na tarde desta quarta-feira (6). É a quarta vez que a chuva afoga os sonhos dos moradores e, a cada alerta meteorológico, o medo de perder tudo volta a rondar a comunidade.

 

Vítima reincidente das enchentes, dona Norma, que é mãe de um cadeirante, alerta que as críticas à construção são tão antigas quanto as próprias obras. “Eles (o governo) dizem que o Rio de Janeiro todo alaga, mas a cidade foi construída por escravos há 448 anos. Esse condomínio só tem três anos e foi feito por pessoas capacitadas, formadas, que pediram licitação ao governo para fazer as obras. Desde 2010, quando trouxemos a mudança para cá, avisamos que o condomínio precisava ser mais alto.”

Na próxima semana, líderes comunitários pretendem se reunir com funcionários da Empresa de Obras Públicas (Emop) para propor soluções ao Complexo de Manguinhos. “É muito triste passar por tudo isso. O pessoal que mora na parte de baixo da comunidade é o mais prejudicado, mas até a minha casa que não enchia, encheu” lamentou a vice-presidente da Associação de Moradores, Cândida Maria Privado, confiante na melhora das condições após a limpeza do Canal do Cunha, que serve como escoamento das águas da chuva.

“Lá já encontramos geladeira, sofá. Isso prejudica a nós mesmos. Temos que fazer como em outras comunidades depois da UPP, precisamos de um mutirão para tirar lixo e reeducar a população” sugeriu.

 

 

(FOnte: G1)

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