Polícia cumpre cinco ordens judiciais de busca e apreensão em Canoas e em Torres, na sede da Prefeitura de Torres, sede de empresas e nas residências de investigados
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta terça-feira, operação com o objetivo de desarticular associação criminosa que fraudava licitações do ramo de hidrojateamento e água servida, envolvendo prefeituras do litoral Norte do Rio Grande do Sul. Após nove meses de investigações, estão sendo cumpridas hoje cinco ordens judiciais de busca e apreensão em Canoas e em Torres, na sede da Prefeitura do litoral, sede de empresas e nas residências de investigados.
Documentos foram recolhidos juntos com cerca de R$ 24 mil em dinheiro sem procedência nas residências de empresários, telefones celulares, computadores e notebooks, além de uma arma de fogo com registro vencido e munições.
Conforme investigações, os empresários do ramo de saneamento buscavam burlar certames licitatórios, por vezes esvaziando a concorrência ou criando uma falsa competição entre empresas, a fim de direcionar a licitação para um dos envolvidos. A partir das informações advindas de denúncias, verificou-se que um dos empresários ofereceu a uma representante de empresa concorrente a possibilidade de negociarem uma licitação para que não precisassem ir até o final da sessão concorrendo.
Em uma licitação seguinte, verificou-se o surgimento de nova empresa concorrente, criada um mês antes, para prestar o mesmo tipo de serviço, sem que tivesse a qualificação necessária para participar da licitação. Constatou-se, ainda, que um dos empresários já teria se utilizado do mesmo modus operandis há anos, em outros estados da federação.
Batizada de operação Underground, a ofensiva é coordenada pelo delegado Max Otto Ritter, da Delegacia de Combate à Corrupção vinculada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Torres e aguarda uma manifestação oficial.
(Fonte: Acontece RS)