Notícias

Obras de Alckmin contra cheias estão paradas ou atrasadas

Mesmo que todos os diques começassem a ser construídos hoje, a operação deles só seria possível em, no mínimo, um ano.

 

Outro conjunto de obras tido como fundamental por especialistas -de dentro e de fora do governo- é a construção de piscinões, que também sofre atrasos.

 

O piscinão Olaria, em Campo Limpo (zona sul de São Paulo), deveria ter sido entregue em novembro de 2011, mas a fragilidade do solo na área atrasou a execução.

 

Outros reservatórios anunciados, o Guamiranga e o Jaboticabal, que represariam as águas vindas do ABC, nem começaram a sair do papel.

 

O primeiro, em área contaminada, não tem as licenças necessárias e passa por recuperação ambiental; o segundo teve a licitação suspensa e terá o projeto revisado.

 

LIMPEZA

 

A Folha apurou que o trabalho de desassoreamento do rio Tietê vem acontecendo em ritmo lento há algumas semanas, chegando a parar ontem.

 

Por falta de pagamento, a limpeza de córregos que deságuam no rio também não está sendo realizada no ritmo adequado. Para especialistas, é preciso que o trabalho seja feito de maneira contínua.

 

A questão não é, segundo fontes ouvidas pela Folha, a falta de dinheiro, mas o esgotamento da verba que havia sido colocada pelo Estado no Orçamento -para especialistas, ela foi subdimensionada.

 

Para moradores de áreas tradicionalmente alagadas à margem do Tietê, o atraso preocupa. “Todo fim de ano o bairro alaga, não tem como escapar. É uma vergonha passar por essa humilhação”, diz Mario Gomes de Sousa, 24, do Jardim Helena, na zona leste.

 

OUTRO LADO

 

O governo do Estado nega que o ritmo de desassoreamento do rio Tietê esteja lento e afirma que a “intensificação dos trabalhos” no início do ano permite dizer que a situação está sob controle.

 

Diz, ainda, que o volume de material retirado do rio superará o de 2011. Segundo o Daee, “o cronograma de desassoreamento não é linear: em certas épocas, os serviços são intensificados e, em outras, é possível abrandá-los”.

 

Afirma ainda que, embora o dinheiro previsto para este ano já tenha sido utilizado, o Orçamento será complementado e que “suplementações orçamentárias são rotina”.

 

Sobre as obras dos diques, o governo afirma que terminou as escavações de apenas um deles, na ponte da Vila Maria, e que agora aguarda a licença ambiental para cortar árvores e finalizar a obra.

 

O Daee ainda relativizou a importância dos diques. “São obras redundantes, que oferecem uma condição adicional contra enchentes nas partes mais baixas da marginal.”

 

Sobre os piscinões, o governo admite problemas. No Olaria, o atraso, diz, se deu pela fragilidade do solo, que gerou perigo para moradores da área e operários. Mas, afirma o Daee, tudo foi resolvido e as obras estão aceleradas.

 

A área do piscinão Guamiranga está contaminada e, por isso, as obras não começaram. O governo diz que faz a descontaminação do solo.

 

Em relação ao Jaboticabal, o projeto está sendo revisado, depois de o governo concluir que o custo das desapropriações era muito alto.

 

 

Por: CAROLINA LEAL e EDUARDO GERAQUE

(Fonte: Folha SP)

Related posts
Notícias

Recife abre licitação para instalar 42 mil placas de rua em todas as vias da cidade

Prazo para finalização do serviço varia entre um e sete anos, a partir da assinatura do…
Read more
Notícias

Cordeirópolis abre licitação para venda de 12 terrenos

A Prefeitura Municipal de Cordeirópolis anunciou a abertura de licitação para a venda de 12…
Read more
Notícias

Últimos dias para inscrição em licitação para seleção de permissionários para o novo Mercado Municipal da Jurema

Comerciantes e microempreendedores individuais (MEI), têm até o próximo dia 13 de maio, até no…
Read more

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *