Já a defesa de Ayanna Tenório, que foi vice-presidente do Banco Rural, afirmou que sua cliente assumiu a função em 2004, um ano depois dos empréstimos que, segundo acusação, teriam abastecido o mensalão. “Ayanna na verdade está sendo responsabilizada pelo organograma. É responsabilidade de papel, não é de conduta”, afirma o advogado de Ayanna Tenório, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira.
Em seguida, foi ouvido o advogado de João Paulo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados. Ele é acusado de receber R$ 50 mil para beneficiar a SMP&B de Marcos Valério em uma licitação na Câmara. Alberto Toron negou a acusação e também a denúncia de que João Paulo Cunha teria contratado a agência por R$ 1 milhão para serviços que nunca teria sido executados e mencionou laudo da Polícia Federal.
“Se laudo atesta que os serviços foram prestados onde está o crime de o peculato? Em lugar nenhum”, questiona advogado de João Paulo Cunha, Alberto Toron.
A sessão terminou com a defesa do ex-ministro do governo Lula, Luis Gushiken. O Ministério Público já pediu a absolvição dele por falta de provas. “Deseja o reconhecimento que está provado sua inocência e não apenas o que de faltaram provas quanto a sua culpa”, fala o advogado de Luiz Gushiken, Luiz Justiniano.
Nesta sexta-feira (10) vão ocupar a tribuna do Supremo Tribunal Federal os advogados de políticos que teriam participado de acordos financeiros com partidos da base aliada. Entre eles, o deputado federal Pedro Henry e o ex-deputado Pedro Corrêa. Também está marcada manifestação da defesa de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil.
Por: Camila Bonfim
(Fonte: Jornal da Globo)