Ministério anunciou ontem que a 11ª rodada de licitação a ser realizada no Rio de Janeiro terá um total de 289 blocos
Atendendo a um pedido da presidente Dilma Rousseff, o Ministério de Minas e Energia anunciou ontem a ampliação do número de blocos a entrar na 11.ª rodada de leilão de áreas exploratórias. Além dos 172 blocos já previstos, devem ser incluídos outros 117, somando 289 blocos. O leilão também já tem data certa, 14 e 15 de maio, e será realizado no Rio de Janeiro.
Com o aumento da área ofertada, o governo Dilma responde a críticas de que falta oportunidade de investimento em exploração de petróleo no Brasil, após mais de quatro anos sem rodadas.
Além disso, segundo fontes, a medida da presidente também teve como motivação estimular investimentos no País e, consequentemente, o Produto Interno Bruto (PIB), que no ano passado cresceu menos do que o esperado.
Segundo o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, o acréscimo terá de ser aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) até o dia 10 de fevereiro. “Será agregada uma área de exploração de 34.514 km² aos 121.199 km² previstos inicialmente, chegando a uma cobertura de 155.713 km²”, afirmou o secretário.
Almeida fez os comentários após reunião com Dilma, da qual também participaram o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard.
De acordo com ele, a procura por parte dos investidores deve ser grande, já que há uma demanda represada pela falta de leilões.
O secretário, no entanto, foi comedido ao comentar a expectativa de arrecadação com os bônus de assinatura do leilão, pagos pelas empresas pelo direito à exploração de determinada área. “A nossa expectativa de arrecadação está entre R$ 1 bilhão e R$ 10 bilhões, mas muito mais perto de R$ 1 bilhão”, completou.
Alto investimento. Além dos bônus de assinatura, ao comprar o direito de exploração as companhias também se comprometem com programas exploratórios que levam pelo menos três anos e exigem investimentos vultosos.
A exploração demanda contratação de fornecedores e subfornecedores e estimula toda a cadeia do setor.
As empresas só poderão manifestar formalmente seu interesse depois de publicado o edital do leilão. A partir daí, preencherão um documento e comprarão dados técnicos sobre os blocos. É com base neles que as companhias fazem suas estimativas de potencial de produção, de forma a estipular o valor que será ofertado no leilão.
O governo também marcou datas preliminares para a 1.ª rodada de licitação de blocos do pré-sal sob regime de partilha, que deve ocorrer nos dias 28 e 29 de novembro.
Além disso, a rodada para blocos de gás e óleo não convencionais está prevista para os dias 11 e 12 de dezembro deste ano.
Por: EDUARDO RODRIGUES / BRASÍLIA , SABRINA VALLE
(Fonte: Estadão)