O carro número 2 foi escolhido pelo Iphan para ser o símbolo dos bondinhos antigos. Não quer dizer que esse bonde entrará em linha, depois da modernização. O veículo poderá ficar em um museu, por exemplo, mas a forma como ele será preservado ainda não foi definida. “É claro que tem todo um diálogo com órgãos de patrimônio para que a gente tenha um sistema e não se distancie dos valores históricos, das próprias linguagens do bonde. Mas a gente não pode parar no tempo, ou permite que se repita o que ocorreu – desastres e um sistema que já estava obsoleto, inoperante”, afirma Cristina.
Projeto. O governo do Estado concluiu em fevereiro o estudo de recuperação da linha. Previsto para custar R$ 110 milhões, o projeto prevê 14 bondes, trilhos novos, trajeto 30% maior – chegará a 10,5 km de extensão – e possibilidade de interligação com o Trenzinho do Corcovado.
A licitação foi suspensa judicialmente, a pedido da Associação de Moradores de Santa Teresa (Amast). Os moradores alegam que o novo projeto não respeita as características dos antigos bondes. A Secretaria de Transportes informa que, por segurança, foi preciso fechar as laterais do bonde, para evitar que as pessoas embarcassem e desembarcassem dos dois lados, o que colocava em risco a vida dos passageiros. A Procuradoria-Geral do Estado recorre da decisão.
Por: Clarissa Thomé
(Fonte: Estadão)