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Interventor irá propor a Crivella que abra licitação para escolher operador exclusivo para o BRT Transbrasil


‘Estações custaram cerca de R$ 100 milhõs e estão abandonadas’, disse ele sobre 20 pontos fechados no eixo da Avenida Cesário de Melo, na Zona Oeste

O interventor nos consórcios que operam as linhas de Ônibus, Luiz Alfredo Salomão, disse nesta segunda-feira que vai propor ao prefeito Marcelo Crivella que abra licitação para escolher um operador exclusivo para O BRT Transbrasil. Ao fazer um balanço das ações do dia, Salomão admitiu que não há soluções a curto prazo para diversos problemas. Não há prazo, por exemplo para a reabertura de 20 estações do Transoeste fechadas no eixo da Avenida Cesario de Amélio, na Zona Oeste, nem de uma estação do Transcarioca que atende aos moradores dos morros da Serrinha e do Cajueiro.

— Essas estações custaram cerca de R$ 100 milhões e estão abandonadas. Em algumas delas abriram buracos no chão para furtar o granito. A prefeitura não tem recursos para fazer essa recuperação e a gente entende que essa tarefa de manter a integridade das estações seria do BRT — disse Salomão.

As ações realizadas nesta segunda-feira não englobarão todo o sistema. Os fiscais atuaram entre o Terminal Alvorada e o Pontal. A fiscalização será interrompida durante o carnaval e só será retomada depois da folia. O secretário de Ordem Pública, coronel Paulo César Amendola admitiu não ter efetivos para manter as ações e cuidar da operação carnnaval de forma simultânea.

— Uma das propostas da prefeitura é que parte da segurança seja paga para que PMs e guardas municipais patrulham as estações em seus horários de folga, recebendo por isso. A GM ainda fará o dimensionamento dos efetivos — diz Amendola.

Salomão acrescentou que o BRT já contou com agentes do estado trabalhando no horário de folga, mas o convênio não foi renovado. Segundo ele, os operadores entendem que as estações seriam pontos de ônibus cobertos e que, portanto, a atribuição de dar segurança seria do poder público. Representantes do consórcio não participaram da entrevista e ainda não se manifestaram.

— Eles entendem que são responsáveis pela segurança dos usuários no momento em que entram nos coletivos. Pensamos diferente porque o passageiro paga pela tarifa já no momento em que ingressa nas estações — disse o interventor.

A operação desta segunda-feira foi classificada como uma experiência piloto por Salomão. Ele admitiu que o trecho escolhido não é um dos mais críticos em relação a problemas porque o objetivo foi se preparar para uma ação maior. Um balanço parcial, com resultados até as 15h, mostra que a prefeitura prendeu três pessoas, sendo um foragido da Justiça, apreendeu um machado, três rádios portáteis, uma arma de brinquedo, entre outros itens diversos. Dez pessoas foram multadas e 45 fugiram, desistindo de viajar de graçaa ao observarem a presença dos agentes.

O grande problema detectado na operação desta segunda-feira é que ela virou um jogo de gato e rato. Quando os fiscais saíam, pessoas voltavam a invadir as estações para viajar sem pagar. E passageiros também voltaram a ser assediados por ambulantes.

Salomão observou ainda que a lei 6299/2017 de Felipe Michel obriga o BRT a manter fiscais e seguranças no interior das estações para proteger usuários e identificar infratores sob pena de multas que podem chegar a R$ 50 mil.

Sobre uma licitação do sistema BRT, Salomão observou que a concessão atual prevê que a operação é facultada para as concessionárias como um todo. A licitação do sistema integral não está descartada mas o fato do Transbrasil não ter sido implantado facilitaria a realização da licitacao.

Em relação ao BRT Transoeste, Salomão reconheceu que as ações de recuperação são paliativos. Os serviços estão sendo feitos nos trechos mais críticos, com R$ 7 milhões doados pelas empresas que exploram o serviço na cidade do Rio.

— O Transoeste teve erros de projeto — disse.

A solução para os constantes problemas no Transoeste ainda não tem prazo nem recursos. AO contrário dos outros corredores viários feitos em concreto, ele foi construído em uma pavimentação comum. Condições do solo e o peso dos onibus reduzem a vida útil do pavimento a metade. A estimativa devtecnicos da prefeitura é que essas intervenções devem garantir uma vida ut do pavimento de menos de três anos.

(Fonte: O Globo)

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