Fiesp e Firjan divulgaram um documento com propostas que serão encaminhadas ao governo federal, com o objetivo de tornar a economia brasileira mais competitiva.
Rio de Janeiro – Em uma iniciativa inédita, as federações da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Rio de Janeiro (Firjan) divulgaram ontem (1º) um documento com propostas que serão encaminhadas ao governo federal, com o objetivo de tornar a economia brasileira mais competitiva. O estudo avalia quatro áreas consideradas estratégicas para o país: logística, com destaque para portos; energia; tecnologia da informação (TI), com ênfase na banda larga; e educação.
Na área de energia, por exemplo, as federações defendem que o governo licite as concessões que vencerão por volta de 2015, sendo 28% de geração, 80% de transmissão e 41% de distribuição. Frisou que o patrimônio retorna, dessa forma, à União, que poderá promover novos leilões, sem necessidade de novos investimentos. Com isso, a tarifa brasileira, que hoje é 53% superior à média de 27 países, tenderá a cair.
Com as novas licitações, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, estimou que a redução na conta de luz dos brasileiros poderá chegar a 20%. Ele propôs à Firjan intensificar na internet a campanha Energia a Preço Justo, visando a atingir 1 milhão de assinaturas. “O objetivo é baixar a conta de luz para todos os brasileiros, não só para a indústria”.
Ainda na área de infraestrutura, o documento faz referência especial à situação dos portos brasileiros. Considerando uma lista de 142 países citada pelo estudo, o Brasil está na 130ª posição em relação à eficiência. “Perde para os países do Mercosul, para todos os parceiros comerciais na qualidade da infraestrutura”. O tempo de desembaraço das mercadorias nos portos brasileiros, tanto para exportação como para importação, é 5,5 dias, ante a média mundial de 2,9 dias, “o que é incompatível para o desenvolvimento do país”, salientou Paulo Skaf.