Atraso na organização dos leilões de blocos exploratórios é alvo de críticas dos empresários
Em discordância com o empresariado da indústria do petróleo por causa da demora nos leilões de blocos exploratórios, o governo federal esvaziou ontem a abertura do maior evento do setor na América Latina, a Rio Oil & Gas. Convidada, a presidente Dilma Rousseff preferiu não vir ao Rio. Também faltaram o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e a presidente da Petrobrás, Graça Foster. Até o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, ficou longe do Riocentro, centro de convenções onde até quinta-feira ocorre o evento.
Apenas um ministro compareceu à solenidade de abertura: Marco Antônio Raupp, da Ciência e Tecnologia. Graça Foster foi representada pelo diretor de Finanças, Almir Barbassa. Lobão, pelo secretário de Petróleo e Gás, Marco Antônio Martins Almeida. Cabral Filho, pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno.
As desavenças entre o governo e a indústria do petróleo são consequência da demora na organização da 11.ª rodada de licitação de blocos exploratórios. O último leilão foi em 2008. A rodada está aprovada desde o ano passado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), mas a presidente, sob a argumentação de que não é possível realizar o leilão antes da aprovação da nova Lei dos Royalties pelo Congresso, não fixa a data.