Depois de insistir, durante anos, em limites rígidos para o lucro de empresas que participam de licitações de rodovias, o governo concordou em aumentar a taxa de retorno de investidores privados.
Lucro dos empresários passou de 5,5% para 7,2% do total da concessão.
Governo acredita que o leilão de todos os nove lotes aconteça em setembro.
Depois de insistir, durante anos, em limites rígidos para o lucro de empresas que participam de licitações de rodovias, o governo concordou em aumentar a taxa de retorno de investidores privados.
O governo acredita que agora vai. “Os maiores concessionários estavam aqui presentes e disseram que, com essa taxa, todos os lotes são atrativos”, afirma o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
São 7.500 quilômetros em nove rodovias federais. A chamada taxa de retorno, que é o lucro dos empresários, passou de 5,5% para 7,2% do total da concessão. As empresas poderão financiar 70% do valor, a serem investidos via BNDES e outros bancos, inclusive privados.
Sobre o capital próprio de 30% aplicado na melhoria das rodovias, o lucro deve ficar entre 16% e 20%. As concessionárias se remuneram com os pedágios durante toda a vigência do contrato, que pode ser de até 25 anos.
O governo alega que atualizou os percentuais de lucratividade porque os cálculos, feitos em 2008, estavam defasados. A insatisfação dos empresários provocou o adiamento do leilão para a concessão de dois lotes de rodovias. Agora, o governo acredita que o leilão de todos os nove lotes aconteça em setembro.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada também acredita que agora vai. “Hoje, estiveram comigo seis das grandes empresas de concessões, e com o ministro, e todas interessadas em participar e já analisando as condições para o leilão”, diz Rodolpho Tourinho.
(Fonte: Jornal da Globo)