Acredita-se que o prejuízo aos cofres públicos possa ultrapassar a casa dos milhões
O coordenador do grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), promotor Antônio Luiz dos Santos, declarou, na tarde desta quinta-feira (19), que a operação realizada nas cidades de Pão Açúcar e Maravilha aconteceu diante da suspeita de que os ex-prefeitos Jorge Dantas e Carlos Luiz Martins Marques, de Pão de Açúcar e Maravilha, respectivamente, superfaturaram contratos de shows, eventos e aluguéis de palcos ao longo dos últimos anos.
De acordo com o promotor, até o momento o Gecoc não pode apontar o montante que supostamente teria sido desviado dos contratos que estão sendo alvo de investigação, destacando que, somente após toda as diligências é que o valor global será mensurado. Antônio Luiz explicou ainda que outras informações não podem ser repassadas neste momento para não atrapalhar a investigação realizado pelos integrantes do Ministério Público.
“Essa investigação se deu após o Gecoc receber algumas denúncias. Não temos como descobrir essas situações do nada. Infelizmente, essa prática de superfaturar contratos de show é muito comum no interior de Alagoas e o Ministério Público vai combater todas essas situações. Havendo a denúncia, vamos investigar, sim”, expôs o coordenador do Gecoc, Antônio Luiz.
Ao todo, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas Secretarias Municipais de Finanças, Administração e Cultura, nas Comissões Permanentes de Licitação (CPL) e nos setores de contratos ao longo de todo o dia. As casas dos dois ex-gestores também foram alvo das medidas cautelares. Como não houve resistência, nem nos órgãos públicos, nem nas residências de Jorge Dantas e Carlos Luiz Martins Marques, não houve prisões.
De acordo com o Gecoc, o objetivo é apreender documentos que possam comprovar a prática de peculato por parte dos ex-prefeitos e supostos funcionários que tenham contribuído para o dano ao erário durante os anos de 2013 a 2016.
Os 12 mandados de busca e apreensão solicitados pelo Gecoc e pelo procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, que também deu apoio à operação. No cumprimento das medidas, foram apreendidos documentos relativos a processos de licitação, dispensa de licitação, contratos e processos de pagamento.
(Fonte: Gazeta Web)