Parte do lucro gerado pelo negócio vai para a conta do governo, uma vez que será exigido um valor de outorga da empresa vencedora da concessão – quem oferecer o maior valor leva o negócio. Também está previsto o repasse anual de 1% do faturamento para os cofres estaduais. A expectativa é de que o pavilhão de exposições fique pronto até 2014. O hotel e o centro de convenções devem ser inaugurados entre 2017 e 2018.
Críticas. Para o ambientalista Júlio Andrade, diretor executivo da ONG Pick-upau – que faz parte do conselho de defesa do parque -, o impacto ambiental do projeto é gigantesco. “A impermeabilização desse local, que hoje tem espaços abertos e funciona como corredor para a fauna e como área de amortização, será imensa. Aqui temos bugios, répteis e marsupiais vivendo livremente. O aumento do fluxo de pessoas também vai afetar esse equilíbrio.” Ele afirma que a ONG vai pressionar a Assembleia para mudar o projeto.
Funcionários públicos dos prédios que serão desocupados também criticam a proposta. Além de reclamar do aumento do deslocamento até o trabalho – uma vez que a maioria mora por ali e os órgãos deverão ser transferidos para o centro da cidade – e de outras facilidades como creches e ambulatórios, eles dizem que os locais passaram por reformas recentes, pagas com dinheiro público.
“O Instituto Geológico conseguiu verba para fazer uma série de reformas. Estão acomodando seu acervo de rochas, fazendo uma mapoteca. Agora eles tiveram de parar tudo por causa das mudanças e não sabem o que vão fazer com o material”, disse uma funcionária, que preferiu não se identificar.
Por: RODRIGO BURGARELLI
(Fonte: O Estado de S.Paulo)