A Secretaria de Estado das Cidades (Secid) estendeu por 209 dias o contrato com a empresa Consórcio C. L. E. Arena Pantanal, responsável pela realização de serviços de instalação e operação de sistemas de informação, comunicação, tecnologia e segurança na Arena Pantanal. O contrato teve valor inicial de R$ 98 milhões.
O Consórcio é formado pelas empresas Canal Livre Comércio e Serviços Ltda. e Etel Engenharia Montagens e Automações Ltda.
A empresa foi selecionada em 2013, quando se classificou em primeiro lugar no processo licitatório, que é realizado por meio do Regime Diferenciado de Contratação.
O decreto que determinou a prorrogação do contrato foi publicado no Diário Oficial desta sexta sexta-feira (3). No documento, assinado pelo secretário de Cidades, Wilson Santos, fica determinado que o contrato deve ser encerrado somente em 18 de agosto de 2017.
O Consórcio C. L. E. Arena Pantanal é responsável pelo sistema de telecomunicações do estádio, pela infraestrutura da área destinada para emissoras de televisão, pelas câmeras de segurança, pela sonorização na Arena, pelo telão do local e pela automação predial. Os serviços prestados pelo consórcio funcionaram apenas na Copa do Mundo, realizada em junho de 2014.
Desde então, o telão e a sonorização da Arena Pantanal estão sem funcionar. Outros serviços relacionados na tecnologia da informação também não funcionam a contento.
OPERAÇÃO VENTRÍLOQUO
Uma das intergrantes do consórcio, a empresa Canal Livre Comércio e Serviços Ltda, foi apontada como beneficiada do desvio de R$ 9,5 milhões na Assembleia Legislativa apurados na “Operação Ventríloquo”. De acordo com as investigações, a empresa que tem sede em Várzea Grande recebeu cheque de R$ 169 mil do advogado Joaquim Fábio Mielli de Camargo, delator do esquema. Os pagamentos teriam sido ordenados pelo ex-deputado estadual José Riva.
Na época, a empresa negou que as investigações do Gaeco tenham relação com a obra do estádio em Cuiabá.
(Fonte: Folha Max)