A fraude no esquema de licitações de asfalto pode ultrapassar a quantia de R$ 1 bilhão, seguindo informou o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
A fraude no esquema de licitações de asfalto pode ultrapassar a quantia de R$ 1 bilhão, seguindo informou o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). A Operação Frateli, realizada em parceria com a Polícia Federal e o Ministério Público, na tarde desta terça-feira, dia 9, atuou em 44 municípios da região, prendendo num total de 13 pessoas. O relatório foi apresentado à imprensa durante entrevista coletiva no auditório da Associação do Ministério Público do Estado de São Paulo, em Rio Preto.
O levantamento apontou que na região foram recolhidos 20 mil folhas de documentos e mais de R$ 250 mil em dinheiro foram apreendidos, além de 22 armas que estavam em poder de prefeitos, funcionários, ex-funcionários de Prefeitura e pessoas ligadas ao esquema batizado de Operação Frateli. Essa ação atuou em outros 11 estados da União e visa chegar ao esquema de acertos em emendas parlamentares, que liberava recursos por meios de deputados que negociavam com os municípios.
O promotor de justiça do Gaeco em Rio Preto, João Santa Terra Júnior, disse que um grupo de empreiteiras do ramo de pavimentação asfáltica estaria manipulando licitações públicas em municípios da região, simulando competição entre si, com o objetivo de superfaturar as obras. Os contratos suspeitos superam o valor de R$ 1 bilhão. As investigações começaram em 2008 e devem continuar nos próximos dias. .
Segundo o procurador federal de Jales, Thiago Lacerda Nobre, era um esquema montado envolvendo cerca de 40 empresas e algumas não tinham capital suficiente para participar de licitações. O esquema era bem articulado e a cada dez dias foram criadas cinco novas empresa que intercalavam entre os sócios e parentes próximos. “Era uma quadrilha muito bem articulada e se servia da máquina pública e que tinha livre trânsito em todas as esferas e Poder deste país, seja em nível estadual, municipal e federal”, disse Nobre.
Nas cidades investigadas computadores e documentos relacionados a licitações no setor de asfalto foram apreendidos por promotores ligados a operação com apoio da PM e de agentes federais.
(Fonte: região Noroeste)