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Empréstimo a pequeno negócio chega a R$ 1 bilhão

RESULTADOS

Ao ser questionado se R$ 1 bilhão emprestado em 14 anos ainda não é “pouco” diante das necessidades de quem precisa de financiamento no Estado, Antonio Sebastião Teixeira Mendonça, diretor-executivo do banco, rebate: “Entre 2005 e junho deste ano, os desembolsos de microcrédito do BNDES chegaram a R$ 308 milhões. Os do Banco do Povo Paulista somaram R$ 745 milhões no mesmo período.”

Números à parte, o técnico reconhece que o programa ainda pode se aperfeiçoar para atender os pequenos empreendedores paulistas.

“Faltam políticas públicas mais agressivas e integradas para apoiar a atividade produtiva no país e processos menos burocráticos para simplificar a vida e o negócio de quem gera renda e emprego no Estado”, diz Mendonça.

A taxa de rejeição aos que buscam crédito nas 489 agências do banco é baixa, segundo agentes que trabalham em várias regiões do Estado.

O maior entrave para conceder financiamentos ainda é ter o nome com restrições em cadastros como o do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) e o de devedores da Serasa Experian.

Os empréstimos concedidos variam de R$ 200 a R$ 15 mil, com juros de 0,5% ao mês. Dos recursos financeiros necessários para formar um fundo de investimentos em cada cidade que monta uma agência do banco, 90% vêm dos cofres do Estado e 10% das prefeituras.

MELHORIAS

Depois de comparar taxas de bancos privados e públicos, Ocimar Peucci diz ter optado pelo banco em razão das condições de pagamento.

“Existe a facilidade dos juros. Mas ter de indicar um fiador para conseguir um empréstimo de valor modesto é algo que pode ser repensado”, diz o dono da rotisserie, que começou fabricando dez quilos de massa por semana e hoje faz entre 350 e 600 quilos. “Os valores poderiam ser avaliados de acordo com as necessidades de cada um.”

O advogado Ailton Oliveira financiou R$ 5.000 no banco para poder reformar o imóvel que deu origem à Viciados em Brigadeiro, doceria na região central de São Paulo.

“Estudava abrir algo no aeroporto de Porto Alegre, mas a burocracia e a complexidade da licitação fizeram com que eu e meu sócio mudássemos de ideia.”

Um dos desafios do programa agora é promover eventos com entidades como o Sebrae e a Apex (agência de exportação do governo) para ajudar os empreendedores a escoar a produção e a exportar.

ATELIÊ DE BIJUTERIAS

Após trabalhar com teatro de bonecos e material reciclado, a artista Loli Colpas decidiu abrir uma loja para vender acessórios feitos com tecidos e miçangas de papel. “Aprendi a técnica em uma oficina na comunidade.”

Os R$ 5.000 emprestados pelo Banco do Povo em 36 meses serviram para comprar material e para ajudar a reformular um espaço onde montou seu ateliê.

Há dois anos, ela se formalizou como microempreendedora individual. Hoje fornece suas peças a uma lojista da Vila Madalena.

“Em 2010, a menor taxa de microcrédito que encontrei no mercado foi de 2,5% ao mês. Na ocasião, escolhi o Banco do Povo, que tinha juros de 0,7% ao mês. Hoje a taxa é de 0,5%”, diz.

Uma das sugestões da artista para o banco é criar linhas de empréstimo para quem precisa do dinheiro, mas não necessariamente para comprar matéria-prima ou para reformar. “O empreendedor deveria ter mais liberdade para usar o dinheiro.”

 

Por: Claudia Rolli
(Fonte: Folha SP)

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