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Emdec defende modelo indicado em licitação

A Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), responsável pelo sistema de trânsito de Campinas, contestou ontem afirmações de técnicos

A Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), responsável pelo sistema de trânsito de Campinas, contestou ontem afirmações de técnicos da montadora alemã Mercedes-Benz, que questionaram pontos da licitação do transporte urbano em Campinas durante a audiência pública realizada na noite da quinta-feira passada, no auditório Universidade Presbiteriana Mackenzie.

De acordo com os técnicos, um dos modelos de veículos previstos para operação na cidade — o ônibus articulado elétrico a bateria — sequer está disponível no mercado nacional. A Emdec disse que pode até rever os parâmetros do uso de ônibus elétricos, mas apenas para cima. A previsão do edital é de 339 veículos elétricos de um total de 785 veículos da frota.

Os técnicos também chamaram a atenção para o fato de atualmente no Brasil existir apenas um fabricante de ônibus elétricos a bateria e isso impediria o operador de buscar opções mais viáveis. Eles afirmaram ainda, haver opções mais viáveis e baratas no mercado, como HVO (óleo vegetal hidrotratado, em português) ou diesel verde.

No dia em que a reportagem foi feita, a Emdec foi procurada, mas informou à época que todos os esclarecimentos haviam sido dados na própria audiência. Ontem, por meio da assessoria de imprensa, a Emdec respondeu detalhadamente os questionamentos dos técnicos.

Correio Popular – Técnicos da Mercedes-Benz alegam que um dos modelos de veículos previstos para operação em Campinas — o ônibus articulado elétrico a bateria — sequer está disponível no mercado nacional.

Emdec: Existe em operação o e-Bus, veículo articulado de 18 metros, com chassi Mercedes-Benz, carroceria Induscar/Caio, lançado em 2013, produzido pela Eletra em parceria com a Mitsubishi. A BYD, fabricante chinesa instalada em Campinas, apresentou documentos e assumiu compromisso com a Administração Pública que disponibilizará os veículos conforme especificado.

Outro questionamento feito pelos técnicos é o fato de atualmente, no Brasil, existir apenas um fabricante de ônibus elétricos a bateria e isso impede o operador de buscar opções mais viáveis.

O Brasil tem dois players que produzem ônibus elétrico: BYD e Eletra; e outra empresa Chinesa (Yutong Bus), com filial em São Paulo. Entretanto, existem vários fabricantes no mundo; e todos estão interessados na América Latina, aguardando o início de operação dos ônibus elétricos em algumas cidades, para viabilizar a implantação de estrutura no Brasil, ou em algum outro país do continente. O fornecimento da quantidade de ônibus estabelecida no edital viabiliza qualquer fabricante a montar uma planta no país.

Os técnicos afirmam que existem opções mais viáveis e baratas no mercado que podem trazer, no curto prazo, mais ganhos para a comunidade e meio ambiente, como por exemplo o HVO (óleo vegetal hidrotratado, em português) ou diesel verde.

Existem alternativas que o grupo técnico da Emdec está avaliando, como o GNV (Gás Natural Veicular). O HVO ainda não é realidade no Brasil, em função do seu custo de produção e a escala de demanda. A infraestrutura necessária para produção do HVO é muito cara, tornando este combustível com inviável economicamente. Certamente, a longo prazo, poderá se tornar uma solução interessante. Mas, há atenção nos custos envolvidos em sua cadeia de produção e deve-se buscar alternativas para reduzir o seu preço final.

Para os técnicos, a eletrificação deveria acontecer de forma viável em um futuro de médio prazo e não imediatamente, como quer o edital.

A Emdec acompanha o desenvolvimento dessa tecnologia em outros países, inclusive latinos (Colômbia e Chile). Os resultados são promissores, no sentido de ampliar e acelerar a eletro mobilidade no sistema de transporte por ônibus. Nos países europeus, a tendência vem sendo acelerada e existem ações de redução de prazos para eletrificar toda a frota de ônibus até 2035. Como exemplo, na Inglaterra estava inicialmente previsto para 2040 e foi antecipado. A eletro mobilidade no transporte é irreversível. Nos próximos três a cinco anos, terá uma evolução acentuada; e redução nos preços dos equipamentos.

A Emdec pretende rever o ponto que trata dos ônibus elétricos ou isso está fora de cogitação?
Tal ponto poderá ser revisto a qualquer momento. Mas para a ampliação desse tipo de veículo.

Município passará a contar com seis áreas operacionais
Pela nova licitação, o município será dividido em seis áreas operacionais, diferente das atuais quatro áreas existentes. Também será criada uma área na região central, chamada de “Área Branca”, que terá somente a circulação de veículos do transporte coletivo movidos por energia limpa (ônibus elétricos). A “Área Branca” terá, aproximadamente, 3 km² e perímetro de 7 km.

Além do sistema convencional, a licitação abrange a operação dos Corredores BRT (Bus Rapid Transit, Ônibus de Trânsito Rápido), que somam 36,6 km de extensão. Os ônibus do BRT também serão movidos por energia limpa. A frota terá 100% de acessibilidade, conexão Wi-Fi e novos recursos de comunicação.

(Fonte: Correio)

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